Catarina Camacho está de luto. A apresentadora da RTP chora a morte do pai e está inconsolável. No Instagram, Catarina partilhou a triste notícia com os fãs. “Morreu. O meu pai morreu. Já passaram alguns dias e ainda tenho de repetir muitas vezes para conseguir acreditar. Papi, como assim não me vais ligar mais?”, desabafou nos InstaStories.
No feed, Catarina Camacho dedicou um longo texto ao progenitor. “Ele tinha medo de morrer. Eu não lhe dizia, mas o meu maior medo era que ele morresse”, começou por escrever. Muito ligada ao pai desde pequena, a repórter contou que adorava dormir no peito do pai. “Lembro-me de ser pequena, de acordar a meio da noite sempre com a mesma preocupação. Estaria a dormir? Ia silenciosamente até ao quarto dele e assegurava-me que respirava. Depois, acabava por adormecer de cabeça encostada ao peito, embalada pelo ritmo daquele coração atlético (na altura).”
“Ele tinha tanto medo de morrer. Eu tinha tanto medo que ele morresse”
Filha única, Catarina Camacho admite que foi a “menina do papá” e que, apesar de discutirem, faziam sempre as pazes com um “abraço apertado”, que agora deixa saudades. “Sou filha única. Fui claramente a menina do papá. Serei sempre. Com o passar do tempo a inocência própria das crianças vai-se perdendo e a vida deixa de se apresentar “tão mágica”. Verdade? Sempre tivemos muitas discussões, daquelas feias onde se escolhem palavras más e erradas. “Lá estão vocês com esses feitios de leões orgulhosos”, dizia a minha mãe. E depois, com o mesmo coração de leão, desmanchávamo-nos em sorrisos e de abraço apertado fazíamos as pazes. “Tréguas até à próxima briga”, rematávamos em tom de brincadeira. Uma coisa é certa, ainda que por caminhos tortos nunca deixámos nada por dizer. E o nosso coração ficava limpo e sereno.”
“Se nesta vida nós escolhemos os nossos pais…então a minha missão com ele foi claramente ser mais mãe do que filha (dizia ele e sentia eu). Ele tinha tanto medo de morrer. Eu tinha tanto medo que ele morresse e não lhe dizia. Dá-me a mão. E assim ficávamos até o medo passar. Ele tinha medo de morrer… e morreu”, continuou.
“Morreu sem mim”
De coração apertado, Catarina Camacho confessou que o pai morreu de repente, sem se conseguir despedir. “Morreu sem mim, sem mãos dadas a ninguém, sem aviso. Foi-se. Num só sopro. O meu pai morreu. Morreu o meu pai. Pai tu morreste mesmo? (Tenho que repetir isto muitas muitas vezes porque…dias depois ainda me custa a acreditar).”
Por fim, Catarina Camacho deixou um conselho a todos os seguidores que ainda têm os pais. “Se ainda tens os teus por perto, não percas tempo. Perdoa de verdade, abraça com alma, diz, pergunta, faz, escreve, telefona,não deixes para depois. O depois pode não chegar para tudo.”
Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Impala e reprodução Instagram
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