Ljubomir Stanisic fala em nova greve de fome, mas desta vez com 100 pessoas.
O famoso chef e os restantes empresários que ‘acamparam’ em frente à Assembleia da República, numa greve de fome que durou sete dias, garantem que, se as medidas acordadas e apresentadas ao Governo não forem cumpridas, voltarão à luta.
Num comunicado divulgado esta segunda-feira, 7 de dezembro, nas redes sociais, o movimento “Sobreviver a Pão e Água” afirma mesmo que, desta vez, a greve de fome será levada a cabo por “mais de uma centena de pessoas”. O documento começa por relatar aquilo que já era público: que os empresários José Gouveia e Ljubomir Stanisic foram recebidos, no dia 2 de dezembro, pelo presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina, numa reunião que contou também com a participação de Pedro Siza Vieira, ministro da Economia, via telefone, e que pôs fim à greve de fome.
“Permitiu-nos estabelecer um diálogo, onde foram expostas as nossas exigências e onde nos foi dito que concordavam com a maior parte dessas mesmas medidas e que durante esta semana seriam anunciadas algumas delas”, pode ler-se no comunicado, que diz ainda que, “para as restantes, deixaram-nos o compromisso de as avaliar até ao próximo dia 11 de dezembro”, data em que será feita uma nova reunião entre os representantes do movimento e o governo.
“Espírito de boa vontade”
Neste mesmo documento, é referido que os nove empresários que estavam em frente à Assembleia suspenderam a greve de fome “num espírito de boa vontade”. No entanto, caso as medidas não sejam cumpridas, o movimento promete voltar à luta: “Não seremos apenas nove, mas mais de uma centena de pessoas que já se predispuseram a acampar em frente à Assembleia e por todo o país até que sejam apresentadas medidas reais de ajuda aos setores”.
Neste documento, os representantes do movimento agradecem ainda a todas as pessoas que passaram junto à Assembleia da República, durante a semana em que os nove empresários fizeram greve de fome e todas as mensagens de apoio recebidas. “Esse foi o alimento precioso que deu o alento e determinação para chegarmos a este diálogo”, pode ler-se. “Continuamos a aguardar por aquilo que nos prometeram. Medidas. Reais. Concretas. De mudança. De esperança. De presente e de futuro. A luta continua. Não desistimos dela. Não desistimos de nós. Não desistimos de vós. Nunca!”, termina o comunicado.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Impala
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