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YOLANDA SOARES apresenta o seu novo CD

Quatro anos depois do primeiro trabalho, Music-Box (Fado em Concerto), a cantora lançou agora Metamorphosis, numa
linha que toca o rock sinfónico.

VIP – Como percebeu que a sua vida passava pela música?
Yolanda Soares – Quando cantava nos balneários da escola de dança do conservatório, as amigas diziam-me para ir para a escola de canto. Assim foi. Mas estou rodeada de uma família ligada à música. Inevitavelmente, a música estava no meu sangue.

Lembra-se da primeira vez que cantou em público?
Era muito nova, talvez com quatro ou cinco anos. A minha mãe era bancária e todos os anos acontecia a festa de Natal. Eu fui cantar uma música muito bonita, mas com uma letra que me fazia chorar. Então entrei no palco, comecei a cantar e desatei numa choradeira incrível. Foi muito engraçado, pois nem o apresentador me conseguia acalmar. Já nessa altura dava uma grande importância às letras que cantava (risos).

Como foi lançar o seu primeiro trabalho? É um processo difícil?
As dificuldades servem de experiência para trabalhos futuros. Lancei o meu primeiro trabalho há cerca de quatro anos, quando consegui ter uma estrutura com a formação da minha empresa By the Music Produções para dar "asas" à minha imaginação. Nunca tive apoios e lutei sempre sozinha para traçar o meu caminho.

Foi premiada na Austrália, mas o Globo de Ouro “fugiu-lhe” em Portugal. O público português ainda não conhece bem o seu trabalho?
Não fugiu… Ficou em banho-maria (risos). Talvez não tenham entendido o primeiro trabalho, pois pensavam que eu me vestia de boneca para cantar o fado. Um erro crasso, até porque não me considero fadista e isso nota-se neste segundo trabalho. E aquilo que visto é um espelho do que faço musicalmente. O que fiz foi a minha pessoal homenagem ao fado, dando-­-lhe uma sonoridade de música clássica e um ambiente de sonho e fantasia.

Rapidamente começou a correr que esse prémio seria falso.
Por que "carga de água" iria eu comprar um emblema da Austrália que nem sequer era conhecido? (pois foi inaugurado nesse ano que me foi atribuído) Para ter reconhecimento? Mais importante para mim seria de facto comprar um Grammy (risos).Sinceramente, prefiro ganhar e não comprar reconhecimentos. O meu trabalho falará por si. Tenho o meu advogado a tratar do assunto com uma queixa-crime dirigida a essa organização que já foi identificada e infelizmente ainda me perseguem obsessivamente neste momento.

Quais as principais diferenças do seu primeiro trabalho para este?
Neste não existiram limites musicais. Decidi criar uma obra sem limitações de géneros. No Metamorphosis sou compositora de quase todas as músicas, juntamente com o Abel Chaves e António Lopes Gonçalves, e decidi também dar a conhecer mais a minha faceta de autora de letras. É um trabalho muito mais pessoal e muito mais sentido.

O look arrojado é parte fundamental da sua performance?
Sim. Porque eu visto o que canto. E este trabalho passa uma mensagem que também é demonstrada através da arte de vestir. Logo, é impossível para mim vestir-me de forma dita "normal" se desejo transmitir uma mensagem forte e vincada. No dia-a­–dia sou bastante "normal" (risos).

É vestida por Storytailors. Este é um “casamento perfeito”?
Sim. Vão ao encontro daquilo que gosto e idealizo. São fabulosos. Também fazem metamorfoses constantes.

Vai cantar no evento Elegantes VIP. Quais são as expectativas?
As melhores! Neste evento vão ver a minha faceta mais clássica e lírica, pois vou apresentar o classical Yolanda Soares.

Quem é Yolanda fora do palco?
É uma pessoa simples e humana.

Tem 38 anos… é casada e tem filhos? A família é o seu suporte?
Não sou casada, mas amo o meu companheiro. Não tenho filhos, mas desejo tê­–los. A família é o meu pilar central.

Texto: Carla Simone Costa; Fotos: Rui Renato e DR

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