Luís Jardim E Teresa Silveira
Viveram dias de romance no Funchal

 “A Teresa complementa-me praticamente em tudo. Ela tem uma correta visão da minha vida, sabe as exigências que eu tenho e as exigências que um artista tem. Tenho horários muito complicados, trabalho muito em cima da última da hora e isso não lhe faz confusão. Não temos conflitos e quando temos são coisas que facilmente se resolvem.” É assim que Luís Jardim, de 58 anos, descreve a sua relação com Teresa Silveira, com quem partilha a sua vida há cerca de oito anos. O casal esteve na Madeira, terra natal do músico, onde aproveitaram para namorar e assistir aos concertos do Madeira Island Summer Closing, evento no qual Luís Jardim foi o padrinho.

O músico e a mulher mostraram-se muito unidos e apaixonados durante os dias passados na cidade do Funchal. Luís Jardim tem a certeza que encontrou a mulher da sua vida. “É esta mulher que agora vai-me enterrar”, declara o músico, que já tinha 50 anos quando conheceu Teresa. “Às vezes a gente procura e procura até encontrar o companheiro ideal. Eu também tinha uma vida complicada, viajava muito, não estava muito em casa. Embora aconteça isso com a Teresa, nós temos uma coisa muito boa: pensamos como um só. Temos a mesma maneira de pensar, de atuar, a mesma maneira de querer as coisas para nós e entendemo-nos superbem”, diz Luís Jardim, que teve casamentos anteriores dos quais nasceram quatro filhas: Stefania, Mariana, Rebeca e Natacha. Teresa Silveira também tem duas filhas: Mariana, de 15 anos, e Diana Piedade, de 27 anos.

Juntos formam uma família numerosa, porém os diferentes rumos que cada filha seguiu ditou que seja difícil a família estar toda reunida. “Tenho também quatro netos, mas estou pouco tempo com eles, porque estão todos longe”, afirma Jardim.
Passar a velhice na Madeira não está fora dos horizontes do músico e da mulher, que já viveram durante quatro anos na Pérola do Atlântico, período esse que coincidiu com os últimos anos de vida da mãe de Luís Jardim. “Não é uma coisa que esteja fora da visão, mas eu gosto muito dos Estados Unidos da América e estava a pensar mudar-me para lá agora que as minhas filhas já têm uma certa idade e estão todos nas suas vidas. Gosto muito da Califórnia. Mas tenho sempre uma ligação à Madeira e vou ter um ´’buraquinho’ qualquer para vir aqui de vez em quando. Tenho um terreno que estou a tentar licenciar para ter a possibilidade, se eu quiser, de construir uma casa”, diz o músico, que tem o total apoio da mulher. “Sim, absolutamente. Considerando que na minha área posso trabalhar em qualquer lado, para mim era igual. E considerando que tenho duas filhas que têm a perspetiva de serem artistas e a Mariana quer seguir cinema e ir para os EUA, às tantas eu vou atrás”, declara Teresa Silveira.

Luís Jardim guarda boas recordações dos tempos em que viveu na ilha da Madeira, terra que deixou aos 16 anos para ir estudar para Londres. “Esses tempos foram extraordinários. Tive uma juventude fantástica. Acho que a Madeira é um sítio muito especial para se crescer. Não há nenhum sítio no mundo assim. Vou até atrever-me a dizer, se calhar há algumas vilas no meio das terras, mas nós temos um ambiente muito especial na Madeira.” Foi com o objetivo de estudar Direito para administrar as firmas do avô que Luís Jardim rumou a Inglaterra, mas o gosto pela música era mais forte e acabou por enveredar por uma profissão na área artística. Jardim já trabalhou com renomados artistas de todo o mundo.

Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Jorge Firmino

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