A VIP encontrou recentemente Bárbara Guimarães, de 41 anos, com o atual namorado, Kiki Neves, a passearem muito cúmplices num paredão perto do Estoril. Sempre de mãos dadas, foram conversando ao longo dos vários metros percorridos. Depois, Kiki Neves sentou-se ao volante e conduziu o Mercedes da apresentadora até pararem numa estação de serviço para lavar o carro. Bárbara Guimarães nem saiu do veículo e foi o namorado que assumiu as despesas da lavagem.
Mais tarde, encaminharam-se para um supermercado da zona do Estoril, onde fizeram compras. Foi ele que carregou os sacos de plástico. A seguir, e depois de Bárbara Guimarães ter estado alguns minutos ao telefone dentro do carro, foram até à porta de casa de Kiki Neves, onde este acabou por entrar, e a apresentadora seguiu para Lisboa.
Porém, se Bárbara Guimarães parece viver dias calmos com o namorado, o mesmo já não se pode dizer dos processos que a ligam ao ex-marido, Manuel Maria Carrilho. Soube-se agora que a apresentadora vai ser julgada pelo crime de violência doméstica contra o ex-marido, depois de o Ministério Público (MP) ter inicialmente arquivado a queixa.
Segundo o despacho de pronúncia a que a VIP teve acesso, o Tribunal de Instrução Criminal de Lisboa (TIC) considerou agora haver indícios de que a arguida Bárbara Guimarães cometeu aquele crime, por não deixar o antigo ministro ver os filhos, Dinis Maria, de dez anos e Carlota, de quatro, e ter mudado as fechaduras da porta. O Ministério Público tinha arquivado o caso, mas Manuel
Maria Carrilho requereu a instrução.
No documento, com data de 23 de dezembro de 2014, pode ler-se que, durante a ausência do ex-marido, de 15 a 18 de outubro de 2013, “a arguida, de uma forma fria e calculista, trocou a fechadura da porta da casa de morada de família e da caixa do correio, empacotou dez mil livros em 107 caixotes (o que já estaria planeado com antecedência) que enviou para Viseu, contratou uma empresa de segurança privada para impedir o assistente [Manuel Maria Carrilho] de entrar em casa e incumbiu um estranho de entregar ao assistente as chaves do seu veículo automóvel”. Este despacho faz referência ainda ao facto de o antigo ministro ter ficado privado de contactar os filhos menores – incluindo telefonicamente – durante três semanas, bem como o acesso à sua residência e aos seus instrumentos de trabalho. Estes procedimentos de Bárbara Guimarães foram classificados como “atos de grande violência psicológica”, o que terá provocado em Manuel Maria Carrilho danos na sua saúde psíquica e física, fazendo-o sofrer e perturbando a sua liberdade de decisão por ter estado impedido de ver os filhos menores até ao dia 8 de novembro. O facto de não ter acesso à sua casa, local onde habitualmente trabalhava, e ter faltado a determinados compromissos profissionais levou um médico psiquiatra a referir que o professor de Filosofia apresentava um
“quadro de depressão”.
O tribunal considerou ainda que as condutas de Bárbara Guimarães “visavam atingir a dignidade” de Manuel Maria Carrilho, humilhando-o, “o que configura maus-tratos psicológicos, emocionais e sociais, que ofenderam a dignidade pessoal e a integridade psíquica e física”.
Por outro lado, o Ministério Público, no despacho de arquivamento, referiu que a apresentadora praticou os factos por sentir que seria o único meio para pôr termo a um casamento que já não queria. Assim, pode ler-se que “não existem indícios de que a conduta da arguida foi o meio adequado e proporcional para os fins que ela visaria acautelar”.
Guerra aberta
Na sequência de uma queixa apresentada pela apresentadora, o ex-marido é também acusado de crime de violência doméstica. Aliás, a VIP já havia noticiado, no final de outubro de 2013, as afirmações de Bárbara Guimarães, que confirmou às autoridades ter sido agredida pelo professor universitário. Nessa mesma edição, o antigo ministro acusava-a de não estar bem. “Ela está louca”, afirmou.
Segundo o despacho de arquivamento da queixa de Manuel Maria Carrilho, o MP entendeu que Bárbara Guimarães mudou as fechaduras e impediu o ex-marido de ver os filhos devido às agressões que sofria no casamento. No entanto, o TIC diz que, a haver ou não violência sobre a apresentadora, esta é uma matéria exclusiva de outro processo que está a correr.
Conselho de pais
Também para o mês de janeiro está previsto acontecer um “conselho de pais”, que estava inicialmente marcado para 9 de janeiro e que foi agora adiado. Tudo aponta para que aconteça em meados do primeiro mês do ano, mas ainda não está confirmado. Em causa está a guarda dos filhos de Bárbara Guimarães e Manuel Maria Carrilho. O antigo ministro pretende que a guarda seja partilhada, para que tenha direito, por exemplo, a passar o Natal com Dinis e Carlota. Recorde-se que tanto em 2013 como em 2014, as crianças passaram a consoada com a mãe. No entanto, a passagem de ano foi na nova casa do pai, ao lado dos netos de Manuel Maria Carrilho. Contactadas pela VIP, tanto a assessoria de Bárbara Guimarães como a de Manuel Maria Carrilho recusaram prestar declarações.
Texto: Humberto Simões; Fotos: DR
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