Um homem, de 37 anos, foi absolvido do crime de violência doméstica após de ter sido “apanhado a arrastar a mulher pelo pescoço”. A notícia tornou-se viral e está a geral uma onda de indignação nas redes sociais contra a decisão tomada pela juíza Isabel Pereira Neto.
Carolina Deslandes foi um dos rostos conhecidos que partilhou um excerto da notícia do JN. A juíza Isabel Pereira Neto, do Tribunal de Paredes, deu os factos como provados mas considerou que os mesmos não tiveram “crueldade, insensibilidade e desprezo” suficientes para que fosse considerado violência doméstica.
“Como é que se diz às pessoas que escrevem coisas como “alguma coisa ela há-de ter feito?” e “se aconteceu mais vezes porque é que não fez logo queixa” que isto é uma barbaridade, se a própria justiça protege e iliba a agressão?”, começou por escrever a cantora. “Alguém me explique que merda é está. Porque quer-me parecer que se alguém entrar num tribunal e arrastar uma juíza pelos cabelos, vai dentro. Ou não? Qual é o critério?”, diz, revoltada.
Sobre o desfecho deste caso de violência doméstica: “Vergonha deste nosso país”
Também Nuno Markl não ficou indiferente ao desfecho deste caso. “Ou seja: no fundo é uma espécie de segunda oportunidade que é dada ao homem. No sentido de ver se da próxima vez a coisa já obedece mais aos níveis de “crueldade, insensibilidade e desprezo”, afirmou o radialista.
Catarina Furtado reagiu ao comentário de Markl e fez uma sugestão: “Uma reconstituição o mais fidedigna possível, usando a juíza. Só para de facto todos constatarmos que não foi um ato de “crueldade, insensibilidade e desprezo”. Pode ser?”.
A cantora Isaura também mostrou a sua revolta: “What? Então, podemos fazer o que nos apetecer a toda gente desde que no final digamos que não foi por mal? Que estupidez”. Já Sónia Tavares, vocalista dos The Gift, adianta: Idade da pedra lascada. Há uma parte da humanidade que ainda por ali ficou…”. Pedro Ribeiro, diretor da Rádio Comercial, classifica esta decisão com uma palavra: “Nojo”.
“Sinceramente, há dias em que sinto muito vergonha deste nosso país”, refere Dália Madruga num story do Instagram, afirmando ser uma decisão “do tempo da pedra”.
Texto: Carla S. Rodrigues; Fotos: Redes sociais
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