A conhecida marca Victoria’s Secret está nas bocas do mundo pelas piores razões. Uma investigação bombástica acusa Les Wexner, proprietário da Victoria’s Secret, de ignorar o assédio sexual praticado nas modelos, entre outras más condutas dentro da empresa de renome.
O proprietário, de 82 anos, e Ed Razek, o seu braço direito na empresa-mãe L Brands, «presidiram uma cultura de misoginia, intimidação e assédio», lê-se na reportagem do jornal The New York Times publicada este sábado, dia 1 de feveireiro.
Ed Razek «foi alvo de repetidas queixas sobre conduta inadequada». A investigação conta que «tentou beijar modelos, pediu que se sentassem ao colo dele e tocou-lhes nas virilhas antes do desfile da Victoria’s Secret em 2018».
Bella Hadid surge como uma das mulheres assediadas
O jornal norte-americano apresenta mais de 30 entrevistas com pessoas ligadas à marca: ex-executivos, funcionários, modelos, entre outros. A publicação afirma que Les Wexner sempre fechou os olhos às sucessivas queixas de assédio por parte dos anjos.
O nome de Bella Hadid é um dos nomeados na investigação. Apesar de a modelo não ter prestado declarações, fontes que presenciaram as provas da «angel» relataram atitudes assustadoras. A irmã de Gigi Hadid estava a ser vestida para o desfile anual da Victoria’s Secret, em 2018, quando Ed disse: «Esquece as cuecas». Sentado num sofá, de olho na modelo, também terá questionado se a televisão permitiria que ela «desfilasse com aquelas mamas perfeitas».
Ed Razek nega veementemente as alegações, dizendo ao New York Times: «As acusações neste relatório são categoricamente falsas, mal interpretadas ou tiradas de contexto».
Texto: Mariana de Almeida; Fotos: Reuters
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