Faz em outubro um ano que Vanessa Afonso se deslocou à Câmara de Cascais, com o intuito de pedir que lhe disponibilizassem um espaço para a APLAS (Associação Princesa Leonor Aceita E Sorri) poder trabalhar, visto que, recorda Vanessa “a associação começou a tomar dimensões que a mesa de jantar da minha casa já não chegava”.
A presidente da associação, que perdeu a filha, Leonor, vítima de cancro, em setembro do ano passado, conta: “Não tínhamos dinheiro e fomos à Câmara. Tivemos uma única reunião e sem termos resposta alguma liguei para a produção do Querido, Mudei a Casa!, falei da nossa associação, eles já conheciam a história e pediram-me dois ou três dias para conferenciar com a diretora do programa. Depois recebemos um telefonema a dizer que a nossa candidatura tinha sido aceite”.
A resposta positiva por parte da Câmara de Cascais veio pouco depois. A equipa de trabalho mudou-se para o espaço, em Cobre, e com algum equipamento de escritório que o Barclays Bank cedeu, continuaram a trabalhar e a ajudar várias famílias de crianças com cancro. “Estivemos a trabalhar de forma improvisada até agora”, conta a mãe de Nonô, que teve de esperar quase um ano até a equipa do Querido, Mudei a Casa! remodelar o espaço.
Vanessa Afonso está muito feliz com o resultado final. “Acho que a decoradora conseguiu captar na essência aquilo que nós somos mesmo. Não há gabinetes, nem secretárias. Estamos todos em grupo. Trabalhamos na mesma mesa. Ninguém tem privacidade, até porque quem tiver problemas, nós estamos ali para ajudar a resolvê-los.”
A mãe de Nonô revela que deu algumas dicas à decoradora, Ana Rita, que por sua vez também vai colaborar com a APLAS na Aldeia Côderosa. Sempre a sonhar mais alto para ajudar as crianças com cancro e as respetivas famílias, a mãe de Nonô prepara-se agora para se lançar num novo projeto: a Aldeia Côderosa.
“Este projeto nasceu no dia em que fui ao café ali da frente e ao sair vejo as casinhas todas. São 23 fogos habitacionais. São 23 famílias que vamos poder acolher a rodar, destinadas ao tempo em que estiverem em tratamento. Estamos a falar de meninos dos PALOP, da Madeira, dos Açores, do interior do País, etc… que normalmente para fazer os seus tratamentos acabam por gastar muito dinheiro ou ficar na Acreditar ou nos lares do IPO (Instituto Português de Oncologia).
A grande diferenciação dos lares do IPO para este novo projeto é que não vai ser um quarto por família, mas sim uma família por casa. Vão ter cozinha para que seja a própria mãe a preparar as refeições, ter sala, quarto, casa de banho, no fundo, vão ter a sua privacidade. Além disso, vão ter um parque infantil para brincar, uma sala educacional onde teremos uma equipa multidisciplinar de educadoras e professoras para que estas crianças não fiquem para trás nos estudos enquanto estão doentes. Também vamos ter um núcleo de apoio médico oncológico pediátrico, disponível 24 horas por dia. Vamos dar apoio domiciliário para que as crianças possam estar em suas casas, que é uma coisa que não existe no nosso País”.
Vanessa Afonso acredita que todos os projetos que tem desenvolvido têm o ‘dedo’ de Nonô. “Hoje de manhã quando entrei aqui na Associação e tirei a venda dos olhos – para ver o trabalho da equipa do programa Querido, Mudei a Casa! – o que emocionalmente ouvi foi ‘estou feliz’, que a minha filha costumava dizer. Acredito que ela está aqui e está feliz ao ver isto tudo acontecer. É a ela que vou buscar a minha força, a ela, a Deus e aos meus filhos”, remata.
Texto: Carla Vidal Dias; Fotos: Tito Calado
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