Valentina
Foi espancada e esteve 13 horas em sofrimento até morrer

Nacional

Os irmãos terão ouvido gritos e quando Valentina passou o dia embrulhada numa manta, no sofá, depois de ser agredida, disseram-lhes que Valentina tinha dores de barriga.

Ter, 12/05/2020 - 8:47

Valentina, cujo homicídio tem revoltado Portugal, foi espancada e esteve em agonia pelo menos 13 horas, avança o CM.

As agressões violentas terão ocorrido na casa de banho na manhã de quarta-feira, pelas 9h00, mas a menina só viria a morrer à noite, pelas 22h00. Os resultados preliminares de Medicina Legal mostram que sim, que a menina teve convulsões, mas terão sido provocadas já pelas agressões e não por um ataque de epilepsia.

Os irmãos e filho da madrasta terão ouvido os gritos e quando a menina passou o dia embrulhada numa manta, no sofá, depois de ser agredida, disseram-lhes que Valentina tinha dores de barriga.

Segundo o mesmo jornal, Sandro diz que Valentina estava viva quando saiu da casa de banho e que pensou que fosse muito grave.

As refeições da família terão sido feitas com a menina ali, no sofá. À noite, Sandro diz que saiu para ir buscar leite para a filha mais nova e que no regresso, Valentina estava morta. Mandaram os filhos para a cama e começaram a encenar o desaparecimento da menina, cujo corpo esconderam no mato.

Suspeitos interrogados hoje

O interrogatório ocorre na manhã de terça-feira, tendo em conta que faz 48 horas da detenção dos dois suspeitos.

A autópsia da criança já se terá realizado e o relatório preliminar poder-se-á juntar ao inquérito na terça-feira, podendo ser mais um contributo para confrontar os suspeitos sobre a forma como a criança morreu.

O relatório final da autópsia ainda deverá demorar mais algum tempo. Valentina foi dada como desaparecida na quinta-feira de manhã, depois de uma denúncia do pai no posto da GNR de Peniche.

As buscas contaram com o envolvimento de “mais de 600 elementos ativos, numa área percorrida de sensivelmente quase 4 mil hectares, palmilhada mais do que uma vez em alguns locais”, referiu o comandante da GNR de Caldas da Rainha, Diogo Morgado, numa conferência de imprensa, no domingo.

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Texto: Marta Amorim; Foto: D.R.

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