Valdemar Brito dá vida a Louis na novela “Festa é Festa”, da TVI, e a sua personagem tem um papel muito importante no presépio humano da aldeia da Boa Vida: o menino Jesus. O ator esteve à conversa com a VIP sobre as gravações deste momento natalício e também partilhou as tradições de Natal da sua família.
Quando soube que seria o menino Jesus, Valdemar Brito ficou preocupado. “Não sabia muito bem como iam fazer o menino Jesus. Quando me disseram que ia ser afro e que não ia mexer no meu cabelo, pensei ‘pronto, mais um dia normal na minha vida’”, começou por confessar o ator.
Mas o também modelo, de 23 anos, contou que não se importaria de ter de cortar o seu cabelo. “Por acaso, já faz dois anos que quero cortar o cabelo. Se me dissessem que ia ter de rapar, eu ficava feliz, a sério. Já tenho este cabelo há 12 anos, ou mais!”, disse.
E continuou: “É engraçado porque quando pensei ‘vou cortar o cabelo’, há uns anos, tive o meu primeiro projeto em televisão. Pensei: ‘Ok, eles querem que fique assim, tudo bem’. O projeto acabou, eu comecei a trabalhar como modelo, pensei deixar um bocado, mas depois corto. Quando ia cortar, entrei neste projeto do “Festa é Festa”. Quando acabar este projeto, espero conseguir cortar o cabelo…”
Para Valdemar, a “parte mais difícil” de interpretar o papel de menino Jesus foi “estar literalmente só de fraldas.”
Apesar do sucesso que está a ter em “Festa é Festa”, Valdemar Brito confessou que não quer “ser só ator”. “Sempre escrevi muito. Gosto de cantar, sempre quis ser cantor. Ser ator apareceu assim de repente e eu abracei. Quero ter mais formação. Mas a minha paixão são as artes no geral. Canto, tiro fotografias, quero começar a fazer vídeos, também ver se tiro um curso de realização. Quero explorar a área, não me ficar só pelo ator. O que quero fazer é arte”, assumiu.
Valdemar Brito revela as tradições de Natal da sua família
Em casa de Valdemar Brito, o Natal é, diz o ator “um avacalho”, que é como quem diz uma alegria. “A minha família é um bocado mais calma (do que a de “Festa é Festa”), mas estão quase ao mesmo nível”, garantiu, entre risos.
“São pessoas de Angola e Cabo Verde. As pessoas de Cabo Verde falam muito alto, gostam muito de festa, e os angolanos gostam muito de dançar. Aquilo é uma mistura… junta-se o útil ao agradável”, acrescentou, considerando que o momento em que vê toda a sua família junta a dançar “é mágico.”
Sobre as iguarias de Natal, cachupa e funge são obrigatórios em casa de Valdemar Brito.
“Há sempre um prato que é fundamental: a cachupa está sempre lá. A minha mãe faz os doces… e depois é o resto típico do Natal. Só não gosto muito do bacalhau, pego sempre a cachupa para mim. É típico, só que com cachupa e funge”, completou.
Texto: Ana Filipe Silveira e Mafalda Mourão; Fotos:
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