TVI
Pedro Abrunhosa e Tony Carreira entre os novos donos do canal de televisão

Nacional

TVI é finalmente vendida: Cristina Ferreira, Tony Carreira e Pedro Abrunhosa juntam-se a Mário Ferreira como acionistas

Sex, 04/09/2020 - 13:26

Tony Carreira e Pedro Abrunhosa estão entre os novos donos da TVI. A Prisa anunciou a venda da sua posição de 64,47% da Media Capital, a empresa que detém a TVI, por 36,85 milhões de euros, avaliando a empresa em 150 milhões de euros. O preço de venda é de 0,6763 euros por ação. A operação já foi comunicada pelo grupo de media ao regulador do mercado de capitais espanhol, a CNMV, esta sexta-feira.

Entre os novos acionista, avança o Expresso, estão as famílias Gaspar, que controla a Lusiaves, e Serrenho, que controla a CIN, que passarão a ter cerca de 20% e 10%, respetivamente.

Cristina Ferreira (com uma participação de 2,5% do capital), Tony Carreira e Pedro Abrunhosa juntam-se a Mário Ferreira, que já detém 30,22% do grupo que detém meios como a TVI, TVI24, Rádio Comercial e a produtora Plural, entre outros. O empresário dono da do grupo Douro Azul passa, assim, a ser o maior acionista, depois de uma transação, em maio, que lhe custou 10,5 milhões de euros.

Os restantes investidores portugueses envolvidos no negócio ainda não são conhecidos.

Com esta operação, a Prisa ignora o anúncio da Oferta Pública de Aquisição (OPA) a 100% da Cofina sobre a Media Capital, assinando acordos independentes com vários interessados para a venda da sua posição. Em agosto, a dono de títulos como o Correio da Manhã e a CMTV oferecia 0,415 euros por ação, o que correspondia «a um valor total máximo da Oferta de 35.072.969,70 (trinta e cinco milhões, setenta e dois mil, novecentos e sessenta e nove euros e setenta cêntimos)». Um negócio que, a concretizar-se, avaliaria a Media Capital em 130 milhões de euros.

Era uma oferta drasticamente inferior ao praticado na operação lançada em setembro do ano passado, quando a Cofina ofereceu 255 milhões de euros, com uma contrapartida de 2,1322 euros por ação. Dois meses depois, o negócio desvalorizou em aproximadamente 50 milhões de euros, tendo o grupo passado a oferecer 205 milhões de euros, com uma contrapartida de 1,5406 euros por ação. No entanto, a Cofina falhou o aumento de capital de 85 milhões de euros, por cerca de 3 milhões, e a oferta caiu por terra.

(em atualização)   

 

Texto: Dúlio Silva; Fotos: Impala 

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