Tony Carreira
“Tenho algumas saudades dos meus filhos”

Num camarim improvisado no quarto de uma vivenda em Cascais, local que serviu de palco para mais um anúncio de uma cadeia de supermercados, Tony Carreira recebe a VIP de forma informal. Chega na companhia de um dos seus homens de confiança, o stylist Vasco. Sem seguranças nem motorista, cumprimenta a equipa de produção. Não escapa ninguém, desde o realizador a figurantes.

Fintando algumas questões, coloca, no entanto, alguns “pontos nos is”. Uma conversa onde mostra o seu lado mais pessoal e confessa que sente saudades dos filhos, David e Mickael. Chega mesmo a assumir ser um homem de “lágrima fácil”.

Aos 52 anos, o maior artista português não imagina a sua vida fora dos palcos. Na verdade, nem reage bem a essa questão quando é colocada, tal é a paixão que continua a sentir pela sua carreira. Prova disso são os dois álbuns que está a gravar, em Portugal e em França, e um verão cheio de concertos. A par disso ainda é estrela de publicidade…

VIP – Protagoniza, mais uma vez, uma campanha do Continente.

Tony Carreira – É verdade, nunca pensei que esta relação durasse tanto tempo. A verdade é que eu ganho afeto pelas pessoas, para lá do lado business, não vamos ser hipócritas, há uma ligação que gosto muito. Os projetos dão-me muito prazer, identifico-me. Já existe confiança, eles conhecem-me, sabem o que gosto e o que não gosto. Estes spots publicitários são feitos com muito humor e eu sou uma pessoa com grande sentido de humor, gosto de pessoas com sentido de humor.

Está num camarim sem luxos, improvisado. Não tem aquelas manias de artista?

Não.

Mas faz alguma exigência?

Não… Talvez, água. Peço água [risos]. Não, não peço nada, não faço exigências, só mesmo um cantinho para mudar de roupa.

É essa humildade que dita o segredo do seu sucesso?

Eu não tenho um segredo de sucesso. Não sei se é humildade, eu sou assim. Não vou mudar, não vou fabricar uma personagem, gosto de ser autêntico e assim sou.

Com o império que conquistou é difícil manter-se fiel às suas origens?

Eu não penso sobre isso, não sei como são os outros. Eu vivo tranquilo, se não me virem chegar, melhor. Faz parte do meu feitio, eu sou assim.

Como tem sido esta vida de solteiro?

Próxima pergunta…

Leia a entrevista na íntegra na edição n.º 987 da sua revista VIP, já nas bancas

Texto: Teresa de Oliveira Martins; Fotos: Zito Colaço

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