Pedro Carvalho
“Todo o amor que tenho é para dar à minha profissão”

Famosos

Prestes a completar 30 anos, o ator vai abraçar um novo desafio

Sex, 20/02/2015 - 0:00

Pedro Carvalho está de malas aviadas para aquele que considera o desafio da sua vida. O ator foi convidado pela Record para ser protagonista, no Brasil, da telenovela Escrava Mãe, a prequela de Escrava Isaura. Ainda não sabe com quem vai contracenar nem quem será o seu par romântico, mas leva a certeza de que a experiência vai constituir uma viragem na sua carreira. A meses de fazer 30 anos, garante que está focado no trabalho, mas que terá muitas saudades dos amigos e dos pais, os seus pilares. 
 
VIP – Já está a preparar a partida?
Pedro Carvalho – Sim, mas vou em meados de abril. É uma partida pensada com muita calma, ainda tenho muita coisa para tratar aqui.
 
Como surgiu o convite?
Vou integrar a prequela de Escrava Isaura, ou seja, a história que leva ao nascimento da escrava Isaura. É uma novela de época. Eu não fazia ideia, mas esteve uma equipa em Portugal a pesquisar entre todos os atores portugueses da faixa etária dos 22 aos 37 anos para perceber qual seria a melhor opção para interpretar o Miguel, até que viram coisas minhas. O meu nome foi levado à administração, eu até perguntei porquê, e disseram que me reconheciam talento, pela versatilidade dos personagens que fiz, pelos prémios que recebi, pelo currículo, pela formação…
 
O seu papel será o de um português?
Sim, eu sou o protagonista, o galã, como lhe chamam, apesar de não me identificar com o termo. O Miguel é um português, dono de uma grande fortuna, que vai para o Brasil à procura de respostas, pois os pais foram assassinados e ele sabe que a resposta está nessa plantação de tabaco, e quando lá chega, recebe a atenção de todas as mulheres da vila, mas acaba por se apaixonar por uma escrava, a outra protagonista, que se chama Juliana. Naturalmente, terão um romance atribulado, que acaba com a nascença da Isaura.
 
Quando o convidaram, aceitou de imediato?
Não foi de imediato. Agradeci o contacto, mas tivemos de acertar uma série de coisas. Falei com os meus pais, que são o meu pilar, que me apoiaram a 100 por cento, deram-me conselhos. Mas tive de ponderar muita coisa porque vou deixar o meu país durante sete meses, vou deixar a minha família, os meus amigos, a minha casa, o meu cão, embora tencione vir cá muitas vezes… mas é um projeto de enorme responsabilidade, portanto exige que esteja bem ciente do passo que isto representa para a minha carreira. Sou muito ponderado e cheguei à conclusão que seria uma boa aposta, até porque a TVI não me renovou o contrato de exclusividade. 
 
Como é que os seus pais lidam com a sua carreira, com o facto de o filho ter saído de casa aos 17 anos para estudar Arquitetura e ter-se tornado ator?
Eles sempre lidaram bem, porque sabem que sou uma pessoa responsável. Tenho-lhes dado provas disso e o meu pai sempre me disse que sem trabalho, nada se consegue. A verdade é que tive de lutar muito para chegar onde cheguei, lutei muito por cada personagem e é bom ter este reconhecimento. Eu não vejo esta profissão como uma forma de receber um cachet ao fim do mês, vejo esta profissão como uma arte e sei que este desafio me vai fazer crescer muito como ator e como pessoa, que voltarei com outra bagagem. 
 
A intenção é voltar? Não é inevitável pensar em fazer carreira por lá? 
Claro que sim, ainda por cima sei que vou fazer um projeto com muita visibilidade. Vou dar o melhor de mim e depois logo se vê. 
 
De que é que vai ter mais saudades?
Da minha família. Eu sou muito de afetos.
 
E se surgir uma paixão além-fronteiras, poderá apaixonar-se?
Quem sabe… mas confesso que neste momento estou tão focado na minha carreira que todo o amor que eu tenho é para dar à minha profissão, à minha família e aos meus amigos. Sou novo, o que tiver de acontecer, acontecerá. 
 
Vai fazer 30 anos. É o início de uma nova vida?
Se calhar, é uma forma de terminar em grande os 20 e começar os 30. 
 
Como se imagina aos 40? Casado, com filhos?
Ainda nem 30 tenho! Só quero ser feliz e ter muita saúde. Quanto ao casamento, para mim não é assinar um papel, nem penso nisso. E sempre tive o desejo de ser pai, mas ainda sou novo, logo se vê! 
 
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Bruno Peres; Produção: Nucha; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L'Oréal Professionnel

Siga a Revista VIP no Instagram