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“Tenho muito amor para dar”, afirma ANA LÚCIA

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Apresentadora não assume relação com ARI GIRÃO, mas diz querer muito ser mãe
Ficou conhecida como a menina das madrugadas da TVI, pois durante três anos apresentou o Sempre a Somar. Com o fim do programa a apresentadora resolveu apostar na formação profissional, tendo escolhido o CENJOR para frequentar o curso de Televisão. Numa conversa franca, a apresentadora conta à VIP os sonhos que tem e como foi a sua infância.

Qui, 31/03/2011 - 23:00

 Ficou conhecida como a menina das madrugadas da TVI, pois durante três anos apresentou o Sempre a Somar. Com o fim do programa a apresentadora resolveu apostar na formação profissional, tendo escolhido o CENJOR para frequentar o curso de Televisão. Numa conversa franca, a apresentadora conta à VIP os sonhos que tem e como foi a sua infância. Desta recorda a avó, que era quase sua mãe, uma vez que é filha de pais separados e não sente grande vínculo afectivo com eles. Por isso, diz que quando for mãe há-de ser "a mãe-galinha" que nunca teve.

VIP – Como começou a sua carreira televisiva?
Ana Lúcia – O Sempre a Somar foi a minha primeira experiência em televisão, mas tudo começou antes, como manequim, em publicidades e depois como assistente do Jorge Gabriel, no Super Concurso da RTP. Aí sim, já tinha um exemplo de apresentador a seguir.

Vem de comunicação e marketing. Sempre pensou fazer televisão?
Sempre tive as minhas disciplinas favoritas e essas iam sempre de encontro à comunicação. Adorava Português, Relações Públicas, Publicidade, Técnica de Audiovisuais. Comunicação era o que eu mais queria fazer.

Foi a moda que lhe abriu as portas para a televisão. Não foi o curso…
Não podemos negar que a televisão vive da imagem. A imagem é importante e cada vez mais as produtoras abrem castings às agências de moda. Ser modelo não significa ser-se fútil. Eu quando fui fazer o casting do Sempre a Somar havia pessoas com currículos internacionais, mas que depois chegavam em frente à câmara e bloqueavam, tremiam. Eu sempre tive muito à-vontade.

Também era assim em criança?
Nada, era muito tímida. Até ao 16 anos era muito tímida, não falava. Mas depois mudei. Na altura senti muito a mudança. Foi uma coisa natural, comecei a soltar-me e, como já era modelo, os trabalhos que fazia obrigavam-me a ser extrovertida.

Em 2001 concorre ao Elite Model. Como reagiram os seus pais à sua decisão?
Sempre fui muito independente. Comecei a trabalhar aos 14 anos. Os meus pais sempre confiaram em mim, nas minhas escolhas. Sou uma pessoa lutadora. Nunca tive a mamã ou o papá para me darem nada. Se queria umas calças ou um telemóvel tinha de trabalhar para ter. Não venho de uma família com possibilidades.

A sua infância foi vivida durante algum tempo com os avós…
Durante muitos anos vivi com uma avó. Neste momento não tenho avós, esta foi a última a falecer e era mesmo como minha mãe. Os meus pais são separados e eu andei sempre entre cá e lá. Sempre fui independente por causa disso.

Perder a sua avó foi o momento mais doloroso da sua vida?
Eu tive um acidente de carro grave há uns anos que me deixou a pensar que a vida é muito curta. Podia ter perdido a vida e foi uma tomada de consciência de que temos de aproveitar a vida ao máximo. Quando perdi a minha avó revoltei-me porque tinha muitas saudades dela. Mas passado um ano acalmei e a vida continua.

Sente que o divórcio dos seus pais a marcou?
Eu nunca fui filhinha do papá ou da mamã, nunca dependi de ninguém. Hoje posso dizer que sou mãe dos meus pais, porque eles dependem mais de mim do que eu deles. Isso fortalece-me, porque para além de ser uma pessoa lutadora nunca dependi de ninguém, tenho os pés bem assentes na terra e sou muito generosa. Valorizo os príncipais valores humanos e é por isso que gosto de comunicar e do contacto com o público.

Trabalhando desde os 14 anos, que tipo de coisas fez? Sei que foi secretária de Francisco Pinto Balsemão…
Não… (risos). Não fui secretária dele. Durante muito tempo fui hospedeira e relações públicas em eventos importantes. Nós tínhamos sempre os nomes das pessoas que iam ao evento. Eu tive a preocupação – porque sou perfeccionista – de ver a cara das pessoas que iam ao evento, para estar preparada para receber toda a gente. Naquele evento, o Francisco Pinto Balsemão era a pessoa mais importante. Algumas colegas não o reconheceram e não o queriam deixar passar sem ele dizer quem era. Eu vi a confusão e fui lá buscá-lo e acompanhei-o até à entrada. A partir dali ele estaria entregue a outra colega, mas ele pediu para que fosse eu a fazer tudo. E fui eu que o acompanhei do princípio ao fim. Depois, em eventos posteriores, era sempre eu que ficava responsável por o acompanhar.

Como é que ele é?
Uma pessoa muito divertida, educada, respeitadora.

E como é a Ana Lúcia?
Sou uma pessoa muito divertida, espontânea, quase palhaça. Quando estou perto de crianças, sou pior do que elas (risos).

Gosta de crianças? Quer ser mãe?
Claro que sim. É um objectivo de vida. Quando for mãe há-de ser muito, muito, muito desejado. E vou ser a mãe-galinha que não tive. Porque como nunca tive uma ligação maternal e paternal forte eu sinto necessidade de dar o que não tive a nível de afectos. Tenho muito amor para dar…

E casar? A relação com o DJ Ari Girão já é assumida.
Não tenho por hábito falar da minha privada. Nunca falei de nomes, se estava se não estava com determinada pessoa, nunca assumi nada. Não tenho por hábito falar sobre isso. Quando achar que estou com a pessoa certa para ser o pai dos meus filhos eu assumo e vou ter muito gosto em o fazer. Por enquanto não o vou fazer. Mas quero casar, claro. Mais pela parte festiva do que pelo papel. Mas, mais importante do que isso, é eu amar e ser amada.

Texto: Sónia Salgueiro Silva; Fotos: Rui Costa; Produção: Nucha; Maquilhagem: Tita Costa com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel; Cabelos: Le Salon

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