Susana Torres
“O meu objetivo é ser a melhor coach no futebol”

A vitória da seleção portuguesa no Europeu lançou Éder, o protagonista do jogo da final contra a França, para as luzes da ribalta.

Depois de todas as críticas e do passado longe da família, o jogador de 28 anos acabou por revelar que uma área que desconhecia o ajudou a encontrar um rumo novo para a sua vida e percurso profissional.

Foi através do mental coaching que a vida de Éder mudou. Susana Torres foi a principal impulsionadora desta mudança na vida do jogador natural da Guiné, tudo porque, através das sessões que têm em conjunto, há cerca de ano e meio, ajudou Éder a traçar objetivos.

Em conversa com a VIP, a profissional de coaching, que divide o seu tempo entre Ponte de Lima e a Aroeira – entre muitas viagens ao estrangeiro –, conta todo o trabalho que desenvolveu ao lado do atual jogador do Lille.

VIP – Susana, conte-nos um pouco do seu trabalho…

Susana Torres – Não tenho uma rotina. Normalmente, quando estou em Portugal e estou em casa, em Ponte de Lima, costumo acordar cedo porque preparo os meus três filhos para irem para a escola. Enquanto estou em Portugal, trabalho e faço sessões via Skype aos jogadores, às pessoas que acompanho. No entanto, estou cinco dias em casa e depois viajo outros cinco, acabo por adaptar-me à rotina dos jogadores. Para mim é muito complicado agendar treinos diários com o meu personal trainer, que acontece quando tem de acontecer, e todas as outras coisas que não consigo fazer por causa de não ter rotinas.

Sempre trabalhou no ramo do coaching?

Aos 21 anos entrei para a banca, estive nesse ramo praticamente 14 anos, a minha área era gestão. Iniciei o coaching há cerca de três anos, ainda estava na banca, e acabei por abdicar para me dedicar a esta área. Fiz toda a formação que considerei necessária para trabalhar nesta profissão, que é muito pouco desenvolvida em Portugal.

Enquanto profissional, qual é o seu maior objetivo?

O meu objetivo é ser a melhor coach no futebol. Não é muito difícil, tendo em conta que não há coaches femininas no futebol. Daquilo que conheço, sou a única a trabalhar exclusivamente no futebol. É um objetivo mais fácil por esse lado. Quero que me reconheçam por fazer um trabalho excelente, que é isso que faço diariamente, para que possa proporcionar resultados excelentes às pessoas com quem trabalho. Outro objetivo é escrever um livro para perceber o impacto que o coaching tem no futebol.

Leia a entrevista na íntegra na edição 993 da sua revista VIP, já nas bancas

Texto: André Filipe Ferreira; Fotos: Filipe Brito

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