É diretora-adjunta da Elle francesa e admitiu, num relato intimista, que viveu 12 anos sem qualquer relação.
Aos 51 anos, Sophie Fontanel já escreveu inúmeros romances e ensaios literários, e lançou em Portugal A Arte de Dormir Sozinha, onde explica porque é que, entre os 27 e os 39 anos, tinha vergonha de admitir que, por opção, não tinha qualquer vida sexual, ao contrário do que os amigos pensavam.
Decidiu escrever o testemunho por perceber a supervalorização do assunto e, após o choque inicial que provocou na sociedade francesa, percebeu que muitos se reveem na sua escolha. À VIP explica como surgiu este livro, que já vendeu centenas de milhares de exemplares no Mundo inteiro.
VIP – Antes de mais, como surgiu a ideia?
Sophie Fontanel – Surgiu depois de um jantar onde se falou da importância do sexo e se dizia que, quando não fazemos amor, somos frustrados, feios. E quando eu disse que estavam a dizer parvoíces, olharam para mim como se eu fosse louca. Cheguei a casa e desatei a escrever. Achei que, se contasse a minha experiência, talvez as pessoas se atrevessem a falar da abstinência. Mas queria que fosse escrito de forma nobre, mostrar a sensualidade que existe numa pessoa que, por razões diversas, não quer ser tocada ao ponto de fazer amor. Nunca pensei que tivesse este impacto.
Mas o seu título original é L’Envie (O Desejo). O desejo estava presente?
Eu é que pensei na tradução A Arte de Dormir Sozinha porque é, de facto, uma arte. Transmite a ideia de poesia. O desejo estava muito presente, mas, quando se aproximavam de mim, perdia-o. Acho que é preciso estar recetivo a isso, e eu, durante muito tempo, estive fechada.
Não custou revelar este lado tão íntimo da sua vida, principalmente sendo jornalista?
Aconteceu há muito tempo, essa pessoa morreu. Escrevi o livro, mas parece que é sobre outra pessoa. Fico muito mais constrangida quando me perguntam como corre agora…
É a pergunta que se impõe…
Às vezes corre bem, outras vezes nem por isso, mas a questão não é essa. A questão é que, a certo momento, podemos ter uma interrupção na nossa vida sexual e isso não faz com que sejamos menos mulheres. Ter prazer é muito importante, não podemos viver sem prazer, mas há pessoas que têm muito prazer no ato sexual e que são pessoas sem qualquer sensualidade.
Leia a entrevista completa na edição 879 da Revista VIP.
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Helena Morais e DR
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