Mituxa E Xenica Jardim
“Somos cúmplices e ajudamo-nos no trabalho”

 Cúmplices e amigas, assim se definem as irmãs Xenica e Mituxa Jardim. Durante o fim de semana da ExpoÉgua, na Golegã, falaram à VIP das suas memórias e partilharam gostos e prazeres. Ambas fãs da vida no campo, Xenica e Mituxa passearam pela vila ribatejana e andaram de charrete pelos campos da Quinta dos Alámos.

VIP – Pertencem a um vasto clã de irmãos. Qual é o vosso número?
Xenica Jardim – Eu sou a quatro.
Mituxa Jardim – Eu sou a número seis.

São por isso muito chegadas?
XJ – Por isso e não só, porque éramos 11 irmãos e, apesar da diferença de idades, dávamo-nos todos uns com os outros. Na minha festa de 18 anos, com os meus amigos todos, lembro-me de estar lá o meu irmão com quatro anos.

Como era a vossa relação quando viviam em Moçambique?
XJ – Fantástica. Uma verdadeira relação de irmãs. Lembro-me de ser sempre feliz! Na nossa casa nunca houve idades entre irmãos, mas havia hierarquias. As mais velhas tinham o poder de disciplinar as mais novas.
MJ – Vivíamos no mato e a minha mãe queria-nos sempre em casa. Passávamos a vida a brincar. E lá em casa havia um andar que era só das raparigas.
XJ – Sempre fomos um clã. O que nos divertíamos! A vida no mato foi muito rica. Andávamos de jipe, víamos animais. Crescemos na selva.

Vem daí o gosto que têm por cavalos?
MJ – Sim, sim. Nós montávamos a cavalo e fazíamos saltos na Beira, em Moçambique.
XJ – Aprendi a andar a cavalo desde que nasci. Fiz volteio e até participei em concursos de saltos. É por isso que adoro a Golegã.

Com uma relação tão próxima, o que mais apreciam uma na outra?
MJ – A frontalidade e a capacidade que tem de saber fazer rir os outros. Somos irmãs, mas também amigas e cúmplices.
XJ – É muito boa pessoa. Tira a camisa para ajudar um amigo, o que hoje já é raro.

Por vezes também trabalham juntas…
XJ – Sim, sim. Gostamos de nos ajudar também na parte profissional.
MJ – Além de cúmplices, ajudamo-nos no trabalho. Eu não lhe disse que nos complementávamos?

Texto: Alberto Madeira Miranda; Fotos: Ricardo Sousa Costa

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