Sofia Aparício foi uma das convidadas da emissão desta quarta-feira, 18 de novembro, do Você na TV! e “tirou do baú” algumas memórias da sua infância, entre elas a “história de amor tardia” com a mãe, que morreu na semana passada, e a forma como lidou com o envelhecimento.
À conversa com Manuel Luís Goucha, a atriz, de 50 anos, confessou ser “menina do papá”, mas nos últimos anos de vida da mãe, que morreu a semana passada, as duas estavam “a entender-se muito bem.”
“Nem sempre tivemos uma relação fácil. Não sei, se calhar éramos muito parecidas, com mundos muito diferentes. Hoje em dia tenho muito orgulho a ser parecida com ela. Sou muito exigente, correta e íntegra como ela sempre foi. No fim, nos últimos anos, ela entendeu-me. Vivemos uma história de amor tardia, mas dávamo-nos muito bem.
Sofia Aparício revelou que a mãe e o pai saíram de Angola para ter a filha em Portugal. “A minha mãe não queria que eu fosse “branca de segunda”, porque o meu pai tinha no bilhete de identidade “branco de segunda”. A minha mãe veio ter-me cá em Viana do Castelo. Mas regressei a Angola, saí de lá aos 5 anos”, começou por explicar.
“Os meus primeiros anos de vida foram passados em Luanda, há muito que se forma em nós nesses primeiros anos de vida. Costumo dizer que o meu coração é africano e a minha cabeça, a minha razão é europeia. Fiquei com o melhor dos dois mundos”, continuou.
Apaixonada pelos pais, Sofia Aparício não esconde a emoção que sente quando os recorda. Durante a conversa com o apresentador da TVI, a antiga manequim contou como é que os pais se conheceram: “O meu pai viu a minha mãe pela primeira vez no Porto, estudaram lá os dois. E o meu pai viu-a e disse ao amigo: “Um dia vou casar com ela”. E casou-se.”
“A única coisa que me custa no envelhecimento é perder pessoas”
Sofia Aparício integra agora o elenco da novela Bem Me Quer, da TVI, onde veste a pele de Madalena. No entanto, a atriz ficou conhecida por ser uma manequim premiada. Questionada por Goucha sobre se sentia algum tipo de “insegurança” com o envelhecimento, Sofia Aparício não hesitou em responder que se sente “muito bem” com a idade e “a pele que tem.”
“Há uma única coisa que me custa no envelhecimento que é perder as pessoas. O aspeto físico não me afeta. Não vou dizer que não é importante para mim sentir-me bem. A minha pele está mais madura, o meu corpo já não é o que era, mas sinto-me bem. Se aos 50 anos tentasse ter o corpo e pele que tinha aos 20, era só ridículo”, findou.
Texto: Mafalda Mourão
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