Esta sexta-feira, 23, começou mais uma edição do Rock in Rio (RIR), que comemora 25 anos.
Roberta Medina, em entrevista à VIP, fala do festival, onde espera receber 600 mil pessoas, mas principalmente das saudades que sente de Portugal.
Há um ano a trabalhar no Brasil, apesar das muitas idas a Lisboa, Roberta sente “muitas saudades de casa”. “Sinto falta das minhas coisas, das minhas paredes, dos meus amigos, da minha rua. Eu amo Portugal e encontrei-me lá. Acho que em Lisboa as ruas, os prédios ‘falam’ também e encantei-me com a atmosfera da cidade.” Porém, Medina não tem saudades do namorado: é que Ricardo Acto, produtor do RIR, está com ela no Brasil.
No RIR tudo tem o aval de Roberta. Os seus olhos são como radares. São olhos de lince, atentos a tudo à sua volta. A responsável pelo festival observa a pintura das fachadas das casinhas da rock street, que, diz, “precisam estar perfeitas”, fiscaliza a meta do consumo responsável de álcool e do reaproveitamento de materiais: a reciclagem é um ponto fulcral. “As tendas são ecologicamente corretas e auto-sustentáveis e serão reaproveitadas noutros grandes eventos da cidade. A relva é sintética para economizar água”, garante.
E segue, enquanto conversa, para verificar a segurança dos operários, que ultimam os derradeiros pormenores do recinto. “Eu não fico a pensar na responsabilidade de juntar tanta gente e equipamentos num só lugar, caso contrário ficaria debaixo do ‘edredão’ e permanecia lá, paralisada, sem sair da ‘cama’, com medo. A nossa extrema confiança em tudo vem do fator planeamento. É tudo tão planeado e testado que não tenho o que temer. Vamos produzir música, progresso e paz.”
Roberta considera o palco Sunset, criado em 2001 para o Rock in Rio Lisboa, um dos maiores avanços do festival. A grande leva de cantores portugueses para o palco Sunset do Rock in Rio é uma tentativa, para ela, “definitiva” para os brasileiros que ainda precisam vencer a barreira “dos sotaques”. “É praticamente certo que levaremos este conceito também para Portugal, mas ainda estamos a estudar o formato, pois pode não pode ser uma rua”, afirma.
Roberta diz que o Parque da Bela Vista, em Lisboa, foi a descoberta da “melhor e mais incrível arena natural do planeta” e explica que nas suas pesquisas está a ser difícil encontrar o mesmo espaço noutras partes do mundo. “Não só pela beleza, mas por ser uma concha acústica natural maravilhosa”, explica.
Actualmente a Dream Factory decide qual será o próximo país a receber o Rock in Rio. Na Polónia, onde as negociações já estavam bastante adiantadas houve paralisações devido a problemas com a morte do Presidente, entre outros fatores. Agora, os países que já estão a ser trabalhados são a Colômbia e o México. “Em abril fizemos uma provocação, com um anúncio de página inteira nos principais jornais do México, Colômbia e Argentina para trazer pessoas para o Rock In Rio 2011. A campanha consistia em as pessoas entrarem no site oficial e votarem em qual país gostariam que fosse o próximo Rock in Rio, em 2013. Em 20 dias houve mais de um milhão de votos. México e Colômbia ficaram empatados, à frente da Argentina.” Entretanto, Roberta já esteve com o Presidente colombiano Juan Manuel Santos e já temos outra equipa para ir ao México.”
Para Roberta, “Portugal tem um papel fundamental na internacionalização do festival”, afirma. “Foi a grande porta para o Rock in Rio viajar para o resto do mundo e a experiência que fortaleceu a tomada de decisão. Hoje, o curioso é que os cariocas vão viver só agora esse conceito de parque temático, uma experiência que os portugueses já conhecem há tempos”, explica.
E como se não bastasse, Roberta ainda tem um espaço no programa Caldeirão do Huck, onde seleciona uma banda amadora que irá tocar no palco principal do Rock in Rio. Chama-se Olha a Minha Banda!. Todos os sábado, Roberta está na TV com seu sorriso brilhante e alegre, apesar da trabalheira que dá viajar pelo Brasil atrás dos “garotos roqueiros” candidatos a pop stars. Mas é o que ela mais gosta de fazer. E a experiência com o Ídolos ajuda muito. “Sinto saudades de todos, mas ficou uma grande amizade. Reunimo-nos sempre para jantar lá em casa ou organizamos algum programinha”, conta.
Texto: Mônica Soares; Fotos: Vítor Campos
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