Aos 28 anos, tornou-se num dos modelos portugueses mais conceituados. É booker, gere a carreira de 33 manequins masculinos e, em dezembro, foi o primeiro português porta-voz da final mundial da Elite. A celebrar dez anos de carreira, numa entrevista intimista, Ruben Rua acabou por
falar do seu percurso profissional, da ligação muito forte aos pais e à irmã e da recente relação com a também manequim Francisca Perez.
VIP – Como é que alguém que cresce numa família que encomenda 100 pães por dia se torna um dos modelos mais conceituados em Portugal?
Ruben Rua – [risos] É alguém que cresce numa família com boa genética e que incentiva o exercício físico, apesar de ninguém trabalhar nesta área.
O primeiro trabalho no estrangeiro foi em setembro de 2006, com 19 anos. Um mês para
Paris. A sua mãe enviou-lhe tanta comida – atum, cereais, salsichas – que pagou excesso
de bagagem.
Não foi muito. A senhora da companhia aérea foi simpática e não me fez pagar aqueles cinco quilos.
Assim, tinha a garantia de que não passava fome.
É menino da mamã?
Não sei se sou menino da mamã, mas tenho a certeza de que sou menino da família. Sou muito ligado aos meus pais e à minha irmã. Defendo essa estrutura familiar e defendo-a para a minha vida. Gosto de ser assim. A família é o mais importante nas nossas vidas e são essas pessoas que, indubitavelmente, vão ficar comigo desde o primeiro dia até ao último.
Este ano faz dez de carreira. Em alguma ocasião chegou a passar mal?
Tenho e tive a sorte de ter uma “carreira” – percurso profissional, pois dez anos é pouco tempo– constante até hoje. Sempre trabalhei muito bem como modelo, mas sou muito exigente comigo mesmo e tive meses em que pensei muito na minha vida.
Quando pensa “na vida”, quais as alternativas?
Tenho dificuldade em dizer onde estarei daqui a 20 anos, mas penso sempre num plano B. Sou modelo mas, em junho, fiz a licenciatura em Comunicação.
Porquê Comunicação? Quando entrou na faculdade, matriculou-se em Gestão…
A vida dá muitas voltas, os interesses mudam.
Mas quer ser jornalista, apresentador ou tem uma vertente mais empresarial?
Penso mais na área da assessoria, estratégia, ser a ponte entre marcas e público.
Foi porta-voz da final mundial da Elite, em dezembro passado, na China. Foi a primeira vez que um português foi escolhido.
A minha história com a Elite é muito interessante. Comecei no Elite Model Look, estou há dez anos na Elite como modelo e há três como booker. Fui mentor de 64 finalistas do mundo inteiro e porta-voz do maior concurso de modelos do Mundo. Um desafio.
Fez o primeiro editorial em Madrid para a GQ Espanha, o primeiro desfile na Moda-Lisboa para Miguel Vieira e o primeiro desfile internacional para Dolce & Gabbana, em Milão… As suas estreias são sempre marcantes…
Mas demoraram. Não comecei logo a trabalhar. Após a participação no Elite Model Look, em 2005, estive uns cinco meses sem acontecer nada. Nem a ModaLisboa surgiu imediatamente. Tive de lutar sempre por tudo. O que faz com que tudo tenha um sabor especial.
Fez 28 anos a 8 de fevereiro. Já acordou a pensar: “Sou mesmo bom no que faço”?
Prefiro acordar e pensar: “Obrigado, meu Deus, por tudo o que me deste.” E continua a dar-me força e motivação para me superar cada vez mais. Não gosto de ser falso humilde. Tenho noção de que tenho um trajeto forte, tenho um caminho que a maior parte dos modelos portugueses não tem, mas sei o que trabalhei para isso e a forma como o fiz. Nunca me vendi a lobby nenhum.
Fazia tudo igual?
Quase tudo. Todos os sacrifícios valeram a pena.
E como é que vai parar ao Dança com as Estrelas, na TVI?
Sempre gostei de dançar. Era, e ainda sou, aquele que abre e fecha a pista, apesar de nunca ter tido formação. Lembro-me de ver o primeiro Dança com as Estrelas e pensar: “Isto era algo que, se surgisse, fazia na boa.” Mais tarde, o Hélio [Bernardino], o meu agente, diz-me que a Endemol me convidou. Foi uma experiência que superou as expectativas.
Imagino… Acordava antes do despertador com vontade de dançar…
Sim. E não é fácil estar num concurso tão exigente, com ensaios de quatro horas, no mínimo, por dia. E sem descuidar a parte profissional, pois trabalhava na agência. Não foi fácil.
E não ficou com o “bichinho” da televisão?
É a a televisão que acaba por dar mais mediatismo… Nunca procurei esse mediatismo, o que só faz sentido se for consequência do meu trabalho.
Nunca lhe passou pela cabeça apresentar um programa ou entrar numa novela?
Tenho respeito por todas as áreas e não me choca um modelo representar ou apresentar, no entanto, nunca ambicionei esse caminho.
Nunca teve convites?
Nada em concreto. No entanto, não nego que gosto de desafios e de me superar.
Desde o seu divórcio de Sofia Ribeiro, em 2012, que não lhe conhecíamos uma namorada. Francisca Perez é especial?
Sim, tenho namorada e estou feliz
O que nos pode contar da vossa história?
Que estou muito feliz e realizado.
Leia a entrevista completa na edição número 924 da VIP.
Texto: Humberto Simões; Fotos: Luís Baltazar
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