Sharam Diniz e o drama da violência doméstica
«Fiquei com medo de estar sozinha com ele»

Nacional

Revelações surpreendentes de Sharam Diniz, que foi vítima de violência no namoro: «Só assim podemos ter a certeza de que no dia seguinte iremos acordar vivas.»

Qui, 26/09/2019 - 6:30

Sharam Diniz, de 28 anos, fez questão de estar presente no desfile com o mote «A violência não está na moda», que decorreu na Assembleia da República. Em declarações a uma publicação nacional, a manequim acabou por revelar que ela mesma viveu, durante vários meses, uma relação abusiva.

«Pouco depois da adolescência tive um namoro em que as coisas começaram a não correr bem, com vários episódios de violência doméstica», começou por afirmar a jovem modelo, referindo que os episódios de violência ocorreram antes de conhecer o ex-marido Marcelo Costa

«Fiquei com medo de estar sozinha com ele»

Sharam Diniz conta agora que esteve presa a esta relação durante cerca de três anos e que os abusos começaram no último do namoro. «Esses comportamentos estenderam-se por alguns meses. Fui sujeita a muitas chantagens e fiquei com medo de estar sozinha com ele. Se o meu telefone tocasse a determinadas horas, era um problema, se recebesse uma mensagem, também. Ele sentia muitos ciúmes e queria controlar tudo. Chegou a uma altura em que fiquei sem vida, sem qualquer espaço», recorda à mesma publicação.

A manequim e atriz luso-angolana revela que «no ínicio acha os ciúmes engraçados» mas, chega há uma altura em que as coisas ficam descontroladas e só têm «tendência a piorar». «No ínicio achava os ciúmes engraçados, com uma chapadinha aqui, outra ali. Mas depois, já não se ficam só pela chapadinha ou pelo empurrão. Chega a altura em que não há controlo e vai o que estiver à frente. Temos de dizer basta o quanto antes porque a tendência é para piorar.»

«Não tenham vergonha de assumir que são vítimas»

Antes de terminar, Sharam fez questão de deixar alguns conselhos às mulheres que estão a passar por uma situação semelhante. «Que não tenham vergonha de assumir que são vítimas e que denunciem. É a única forma que temos para nos proteger, pois só assim podemos ter a certeza de que no dia seguinte iremos acordar vivas.»

Texto: Redação WIN – Conteúdos Digitais; Fotos: Impala e Instagram

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