Sérgio Rosado, elemento da banda Anjos – ao lado do irmão, Nélson Rosado -, foi o convidado do “Alta Definição“, SIC, deste sábado, 17 de julho, e falou, abertamente, sobre diversos assuntos da sua vida, em especial de uma fase muito delicada pela qual passou. “Houve uma altura da minha vida que não foi fácil gerir tudo isto. Sempre fui muito positivo, sabes? E nunca quis preocupar as pessoas que estavam perto de mim”, explicou a Daniel Oliveira, condutor do formato, que quis saber o que se passou.
“Tive algumas fases mais intranquilas na minha vida. Uma situação que eu não quis preoucupar, por exemplo, a Andreia, que estava ao meu lado, não é? Nós estávamos a começar a construir uma casa, que seria a casa dos nossos sonhos, quando, de repente, eu fiquei, basicamente, sem dinheiro. E quando digo sem dinherio foi o dinheiro que eu tinha conseguido juntar para aquela fase… houve uma situação que tinha que ver com os nossos antigos managers, que omitiram algumas coisas, e a nossa inexperiência no campo da gestão, nós, para ficarmos livres daquelas pessoas, daquela má energia, tivemos de pagar tudo, para nos vermos livres. E parecendo que não, na altura foi complicado para mim”, conta.
“Eles [pais] estavam sempre lá. Sem julgamento”
E continua… “O Sérgio, que sempre foi aquela pessoa com uma boa energia incrível, a querer mostrar às pessoas que estava tudo bem e depois, por trás, as pessoas que me conhecem bem, sentiam que eu não estava bem. E foi aí que os meus pais me ajudaram quando eu sabia que eles tinham poucas possibilidades de me ajudar mais do que aquilo que podiam (…) eles estavam sempre lá. Sem julgamento.”
Sérgio realçou com emoção o papel dos progenitores na sua vida. “Quando olho para os meus pais, vejo sempre aquela referência. É este o caminho. E por isso é que às vezes tu sentes: será que estou a fazer um trabalho bem feito enquanto pai? Sinto que eu tenho estado a cumprir se calhar aquilo que eu queria, as expectativas”, garante.
“Vejo os meus pais como exemplo máximo”
E no que diz respeito à fase mais complicada pela qual passou… “Existem sempre soluções. Se alguma vez pensei acabar com a minha própria vida? Não! Porque agarrava-me sempre à família (…) Não tenho receio da morte. Tenho receio da solidão, ficar sozinho (…) Estar com as pessoas de quem gosto. Essa é a razão do meu viver. Vejo os meus pais como exemplo máximo”, diz, ao mesmo tempo que Daniel Oliveira aborda um tema que toca bem no meio do coração de Sérgio Rosado. “Escreveste [nas redes sociais] que Deus escolheu a melhor pessoa do Mundo para ser tua mãe”, aborda o profissional. O cantor responde sem hesitar. “A minha mãe é o nosso anjo. É a pessoa que lá está, que está sempre lá. E não é só para nós. É incrível”, diz.
“Percebi logo ali que era a mãe dos meus filhos”
Sérgio Rosado e Andreia estão juntos há largos anos. Foi o primeiro amor, que dura até aos dias de hoje. “A minha relação com a Andreia vem desde sempre. Conhecemo-nos na escola e eu percebi logo ali que era a mãe dos meus filhos. Ela era uma miúda que era muito popular na escola (…) e estávamos na mesma turma. Eu nem sequer era para ir para aquela escola (…) todos nós temos o nosso destino, pessoas marcadas, independentemente das alturas da nossa vida, mas elas vão-se atravessar à nossa frente”, começa por dizer. Mas nem tudo foi um mar de rosas.
“No início da nossa relação tivemos ali um momento mais complicado. Estivemos separados ano e meio. E custou-me muito, sabes? Custou-me horrores e isto porque a Andreia não estava a conseguir lidar com tudo o que se passava à volta. E eu sempre fui esta pessoa de me dar bem com toda a gente (…) e houve ali uma altura em que a Andreia não conseguiu. Ela própria assume que estava a sentir uns ciúmes possessivos e que não estava a conseguir lidar com a situação (…) eu depois não desligava totalmente (..) ela abriu-me os olhos para a realidade. Naquela altura a Andreia fez-me sofrer um bocadinho”, revela.
No dia do casamento com Andreia, Sérgio dedicou-lhe uma música, “Eterno”. “Foi muito especial. A Andreia já tinha perdido a esperança subir ao altar com vestido de noiva (…) Aquele momento naquela igreja foi inexplicável. A energia era de tal forma única (…) Se me perguntares se foi exatamente o que tinhas pensado… Foi muito melhor”, realça. “É uma relação de muita amizade, também crescemos juntos (…) é muito intensa. Aquele momento [música no casamento] foi o resumo das nossas vidas (…) O momento então de ver o meu filho a entrar pela igreja… eu sabia que isso ia acontecer. Ver o meu filho a entregar a mãe ao pai… estava escrito assim”, finaliza.
Texto: Andreia Costinha de Miranda; Fotos: Reprodução
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