David Bisbal
“Ser pai está a ser maravilhoso”

Famosos

Cantor espanhol atua no Coliseu de Lisboa a 5 de maio

Sex, 16/03/2012 - 0:00

Aos 32 anos e com uma década de carreira, David Bisbal está de regresso a Portugal para promover o álbum Una Noche En El Teatro Real. O cantor espanhol, que dará o seu primeiro concerto em Lisboa no dia 5 de maio, assume estar mais maduro e ter mudado com o nascimento de Ella, a sua primeira filha. Após o final da relação com Elena Tablada, a mãe da sua filha, David Bisbal revela que acredita no casamento.
 

VIP – Concedeu-nos uma entrevista há quatro anos. O que mudou desde então?
David Bisbal – Nessa altura fiz um concerto maravilhoso no Algarve (risos). Mudou muita coisa. Sobretudo amadureci muito como pessoa e artista. O que não mudou foi a vontade de evoluir, de me divertir com a música e de me relacionar com as pessoas.

Agora volta com um concerto completamente diferente…
Sim. Estou feliz por o meu primeiro concerto em Lisboa ser este, que é muito mais verdadeiro. Podem ver um David mais íntimo, mais próximo das pessoas, mais tranquilo. A música é menos comercial, mais musical.

"O reencontro (com a filha) é sempre especial. Apesar de trabalhar muito, a família é muito especial. (…) Para mim não existia música se não tivesse tempo para a minha família"

Porquê essas diferenças?
Era o que precisava após dez anos de carreira. Estes sons diferentes são uma homenagem a mim mesmo.

Foi a melhor homenagem?
Sim. Tenho quatro discos de estúdio e disse à editora que queria fazer algo menos comercial e mais dedicado à parte musical. Pensava que não ia vender tanto como os outros, mas precisava de fazer este tipo de
música e deixaram-me fazê-lo.

Mas as vendas estão a correr bem…
Foi uma surpresa (risos). As pessoas estão a gostar. A ideia era fazer 25 concertos antes da gravação do DVD. Mas depois da gravação decidimos alargar o número de concertos, que já vai nos 70. Estou muito feliz.

Gravou o álbum no Teatro Real em Madrid, um local emblemático onde a música pop não entra…
Emocionou-me. Sabia que era um local exclusivo da música clássica. Foi uma grande alegria lá ter entrado no meu décimo aniversário de carreira. Houve Imprensa internacional no concerto e estiveram presentes várias celebridades espanholas. A isto tudo, juntou-se a gravação. Estava muito nervoso.

Que memórias guarda da última década?
Recordo-me do primeiro concerto. Foi uma maravilha. Foi em Valladolid, uma província da minha terra. Mas o que recordo com mais alegria foi o primeiro concerto que dei na minha terra natal, Almeria. Foi um sonho que cumpri. Ver familiares e vizinhos na primeira fila foi muito emocionante.

É muito ligado à sua terra?
Sim. Voltei a viver em Almeria. A minha terra está sempre presente nos meus trabalhos, quer seja num concerto, vídeo ou sessão fotográfica. É importante para mim.

Quando regressar a Lisboa, em maio, vai ter tempo para passear e estar com o seu amigo Diego Capel que joga no Sporting?
O Diego Capel, que é de Almeria como eu, está sempre a dizer-me para vir cá só que não tenho tempo. Ficou muito contente quando soube que venho cá atuar.

O seu talento foi revelado na Operação Triunfo espanhola. Imaginava alcançar tudo isto após dez anos?
Não, até porque nem ganhei o concurso. Quando participei só queria realizar o sonho de gravar um disco. Nunca imaginei que o fizesse e que o meu trabalho chegasse a quase todos os países latino americanos.

Há dois anos foi pai pela primeira vez…
Está a ser uma experiência maravilhosa. Sempre fui um homem muito familiar. A família cresceu e converteu-se em algo muito especial. Sou jovem, mas alegro-me de sentir o que sinto tão jovem.

A sua filha Ella mudou-o como artista?
Sinto que me emociono muito mais na hora de cantar. Não sei se será por ter sido pai, mas creio que sim.

Como é que reage à sua voz quando o ouve?
Ainda é muito pequena, mas reconhece-a.

O lançamento do último trabalho levou–o a afastar-se da sua filha no dia do seu segundo aniversário…
O reencontro é sempre especial. Apesar de trabalhar muito, a família é muito especial para mim, é o mais importante. O tempo livre que tenho na minha agenda é passado com a minha família. É isso que me dá energias e força para viajar. Para mim não existia música se não tivesse tempo para a minha família.

É verdade que não acredita no casamento?
Não. Acredito, porque já vi êxito em outras pessoas. Mas não posso comprová-lo porque nunca estive casado (risos).

Texto: Bruno Seruca; Fotos: Bruno Peres
 

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