Pedro Lima
“Ser pai é o grande projeto da minha vida”

 Sportinguistas de coração, Pedro Lima, de 40 anos, e o filho João Francisco, de 13, juntaram-se numa “saída de homens” e vibraram com um jogo em Alvalade. Lado a lado no camarote da Puma, abraçaram-se nos golos do Sporting, atiraram estratégias da bancada, entoaram com vozes grossas os cânticos do clube e deixaram bem claro que aquilo que os une é muito mais do que apenas a paixão clubística.

VIP – Tem quatro filhos: o João Francisco, de 13 anos, a Emma, de sete, a Mia, que fará cinco anos no final de março, e o Max, prestes a completar os dois. Ser pai é o seu melhor projeto?
Pedro Lima – É o grande projeto da minha vida, uma das minhas maiores ambições. E felizmente tem estado a concretizar-se de uma forma feliz. Tenho filhos saudáveis, bons alunos, que se dão todos bem uns com os outros e que são importantíssimos na estabilidade da família e na da minha própria vida. São uma inspiração permanente.

Este é um projeto que fica por aqui?
Não (risos)… isto dura para a vida toda.

Sim, o que estava a perguntar-lhe era se quer ter mais filhos?
À partida não.

Costuma programar alguma coisa com os seus filhos no Dia do Pai?
Sim, tento juntar-me com eles, para almoçar ou jantar.

Na relação com eles é mais pai, ou mais amigo?
Sou pai, sou pai…

E zanga-se com eles, ficam de castigo?
Sim, às vezes. Uma família com todos estes filhos precisa de regras de convívio. E portanto, há penalizações. Um dos piores castigos que eles podem ter é ficarem privados de conviverem com o resto da família e quando a falha é grave normalmente é essa a penalização.

Quais são as suas principais preocupações enquanto pai?
Transmitir-lhes aqueles que considero serem os valores fundamentais e que se resumem à liberdade, responsabilidade, verdade e solidariedade. São valores que considero fundamentais.
O João Francisco é o mais velho. Já vê nele essa pessoa na qual se tem empenhado em formar?
Nota-se no comportamento deles todos, no dia-a-dia. Com o João Francisco é diferente, porque já entende melhor.

A sua exposição pública atrapalha de alguma forma?
Não. Nunca tive problemas dessa natureza. Não tenho amores e desamores, doenças graves nem essas coisas que fazem capas de revista e portanto eles não sofrem com essa questão. E os mais novos nem se apercebem ainda que sou figura pública.

Gere bem o tempo que passa com os seus filhos?
Tento. Considero-me razoavelmente organizado e consigo fazer várias coisas.

Quantas horas grava para a novela Doce Tentação, da TVI?
Depende. Há dias em que gravo dez horas, outros uma hora e meia.
E com o João Francisco, que não vive a tempo inteiro consigo, essa gestão torna-se mais difícil?
Não. Está comigo dez dias por mês. Mesmo quando passava menos tempo comigo estive sempre presente na vida dele.

Na profissão também se criam laços. Há algum ator que veja como um pai?
O Manuel Cavaco. Foi a primeira pessoa com quem trabalhei, foi o meu pai na ficção e recebeu-me como um filho realmente. Estabelecemos uma relação muito forte, que ainda hoje se mantém.
João Francisco, isto de ir à bola com o pai… já estamos mesmo naqueles programas de homens.
João Francisco – Sim, a Emma ainda manifestou alguma vontade de vir connosco, mas passou-lhe rápido.

E que relação tem com o seu pai?
JF – No tempo em que estamos juntos há sempre uma química muito boa, divertimo­–nos muito, principalmente com aquelas conversas e piadas de rapazes. É sempre muito divertido o tempo que passo com ele.

Texto: Ana Gomes Oliveira; Fotos: Isabel Oliveira

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