Costuma fazer inúmeras perguntas muito íntimas aos concorrentes dos seus reality shows, mas agora foi a vez de Teresa Guilherme responder às questões de José Alberto Carvalho no programa Questionário Íntimo, da TVI 24. E a apresentadora, que estreou o programa The Money Drop depois de seis meses com a Casa dos Segredos, fê-lo de forma natural, da boca para fora, aquilo que, de resto, considera ser a sua maior qualidade, mas também o seu maior defeito. Começou por revelar que a honestidade é a virtude que considera mais importante, e que o que mais a irrita é “a burrice e a maldade gratuita”. No entanto, admite que é capaz de mentir, principalmente, diz, “para poupar os outros e a mim própria”.
A apresentadora mais polémica da televisão portuguesa chegou a trabalhar como funcionária pública, mas a ideia de passar o resto da vida a acordar e a deitar-se à mesma hora fê-la sair. A palavra “para sempre” e a rotina de longo prazo deixam-na apavorada, apesar de, para ela, a ideia de felicidade perfeita ser bastante simples. “É pensar que tentei, fui lá, arrisquei, isso dá uma grande paz interior. A felicidade é isso, o dever cumprido, a sensação de termos ajudado outras pessoas… a paz interior, isso é difícil de conseguir.”
Admite que o seu maior medo é não conseguir “estar à altura das expectativas dos outros”, e que a pessoa que mais admira é a mãe, uma mulher “muito inteligente” que emana uma aura “naturalmente vitoriosa”. Talvez por isso nunca tenha tido filhos. “Nunca quis ser mãe, talvez por não querer deixar de ser filha. É uma incógnita que levarei para o outro mundo. Já me questionei sobre isso, mas não tenho explicação. Talvez o medo de não estar à altura… mas foi porque não quis, porque tudo o que queria, fiz”, realça.
Já a pessoa que mais despreza é difícil de definir, mas acaba por lançar: “Neste momento, podia dizer que é o Ricardo Salgado, porque uma pessoa que desconsidera é uma não pessoa. É uma pessoa que usa o poder de uma forma cega e não quer saber. E digo isto não por ter sido lesada, mas por algumas reuniões e pessoas que fui conhecendo. Não estou a dizer que ele foi o único, porque não fez um desastre destes sozinho, mas é ele que dá a cara. Há pessoas que foram realmente roubadas, e o que está por trás disto é um homem e a sua imensa ambição”, admite. Acrescenta ainda que devia acabar no Purgatório.
Já o maior amor que tem na vida é Deus, “porque é a única energia absolutamente perfeita que nos leva a todos ao colo”. E por saber que há vida para além da morte, podia morrer amanhã. “Podia, neste momento, desligar o interruptor da minha vida e ir para o Céu. Porque sei que é para onde eu vou, e vou na boa porque vivi muito bem, aproveitei as oportunidades, arrisquei, fiz tudo o que tinha para fazer, e ainda tenho uma quantidade de anos pela frente. Sei, pelo meu mapa astral, que vou estar por cá até ser velhinha.” E como gostava de morrer? “Gostava de perceber que aquele é o momento e de ter tempo de fazer uma retrospetiva de todas as coisas boas da minha vida. Saber que ia morrer e ir em paz, deixar-me levar.”
Texto: Elizabete Agostinho; Fotos: Impala e DR
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