A Deco publicou esta segunda-feira, dia 23, um estudo alarmante sobre os hambúrgueres frescos vendidos nos talhos. A Associação Portuguesa para a Defesa doas Consumidores aconselha mesmo a não se consumir este tipo de alimentos e vai ainda mais longe ao revelar que foram encontradas bactérias “que habitam os intestinos dos animais” neste tipo de hambúrgueres.
“Temperatura elevada, aditivos alergénios escondidos e má higiene e conservação são o resumo alarmante do nosso teste a 25 amostras de hambúrgueres que comprámos em talhos de Lisboa e do Porto. Encontrámos bactérias potencialmente perigosas, como a Salmonella, em quatro amostras”, lê-se no estudo. “A esmagadora maioria dos talhos vende hambúrgueres com problemas idênticos aos que apontámos no nosso estudo da carne picada, no início de 2015, em que visitámos 26 talhos. Se a carne não deveria ser comprada já picada, os hambúrgueres feitos no talho também não”, acrescenta.
“Na conservação e na higiene, apenas quatro amostras, em 25, foram aceitáveis. São milhões de bactérias por grama, algumas que habitam os intestinos dos animais e outras potencialmente patogénicas, como a Salmonella. O facto de os termos encontrado naqueles estabelecimentos, num dia e a uma hora específica, revela que em algum momento houve falhas, desde a produção até ao hambúrguer chegar ao consumidor”, diz ainda.
“Quando lhe apetecer um bom hambúrguer compre uma peça de carne e peça para picar e fazer o hambúrguer no momento ou pique-a em casa”, conclui.
Texto: Ricardina Batista; Fotos: DR
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