O País está de luto com a morte de Sara Tavares. A artista lutava há mais de uma década contra um tumor no cérebro. Em 2012, falou sobre a fase difícil, em entrevista ao ‘Alta Definição’, numa altura em que a doença tinha dado tréguas. “Não foi fácil. (…) Quando se passa por uma coisa dessas, o corpo muda muito, o cabelo… passei de um cabelo enorme, para aí de sete anos a crescer, para nada… os tratamentos alteram o peso da pessoa. Houve uma alturas em que estava meio zangada com o espelho. Não estava tão zangada com a doença como estava às vezes com o espelho”, disse, a Daniel Oliveira.
“Por etapas, comecei a sair para comer, para dar um passeiozinho ao mar, aqui ou ali, senti-me preparada para a vida social, ir a bares, ouvir música, ir a concertos. A pessoa começa a sentir-se mais normal. Há uma fase em que a pessoa fica com muito sono, fica meio ausente”, contou.
E lembrou o carinho que recebia. “Muita gente me olhou nos olhos, conhecidos e desconhecidos, um com palavras, outros só com o olhar, tocavam lá mesmo no coração e diziam-me: ‘não há-de ser nada'”. “Acreditavas?”, questionou o apresentador. “Sim, claro”.
Sara Tavares ganhou projeção com ‘Chamar a Música’
A cantora Sara Tavares morreu este domingo, dia 19 de novembro, no Hospital da Luz, em Lisboa, aos 45 anos. A artista lutava contra um tumor no cérebro há mais de 10 anos e estava afastada dos palcos.
Sara Tavares nasceu em Lisboa, em 1978, e tinha ascendência cabo-verdiana. Ficou conhecida do grande público aos 15 anos, após ganhar a final da 1ª edição do concurso Chuva de Estrelas da SIC, em 1994, interpretando um tema de Whitney Houston. Depois, venceu o Festival da RTP da Canção com a música ‘Chamar a Música’.
Texto: Vânia Nunes; Fotos: Arquivo Impala
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