Sara Carreira
Testemunha garante: “Ivo Lucas gritava para que ajudassem a namorada”

Nacional

As testemunhas do acidente que matou Sara Carreira já estão a ser ouvidas no Tribunal de Santarém, neste que é o segundo dia do julgamento.

Qua, 25/10/2023 - 10:44

Neste que é o segundo dia do julgamento do acidente que matou Sara Carreira, as testemunhas já começaram a falar no Tribunal de Santarém. Margarida Costa, médica veterinária, começou por revelar que quando chegou ao local do acidente já “não havia nada a fazer” para salvar a jovem. A própria garante que tentou, mas que já não havia batimentos cardíacos nem pulsação. Alegadamente, Sara Carreira terá morrido de imediato com o embate do carro.

Margarida colocou a jovem na posição de segurança, cortou-lhe o cinto, mas Sara Carreira estava em paragem cardíaca e já fria, o que não havia nada a fazer. Além disso, garantiu que Ivo Lucas estava desorientado. Por sua vez, o namorado da médica, Marco Batista, também foi testemunha e começou por dizer que estava a chover, mas que não havia nevoeiro, como já tinha sido dito por um dos arguidos.

Ao contrário do que o réu Tiago Pacheco disse, havia um painel luminoso que dava conta do acidente a 600 m e que aí já conseguia sentir objetos debaixo do carro. Quando tentava passar pela faixa do meio, viu Ivo Lucas que já estaria na berma, sem t-shirt junto a um carro que não era o seu. Conseguiram perceber de imediato que Ivo Lucas tinha uma fratura exposta no braço mas que o mesmo só gritava a dizer que a namorada precisava de ajuda.

Marco tentou acalmar Ivo, retirando-o da estrada e colocando-o numa posição de segurança se houvesse um novo embate. O casal chamou os bombeiros e revelaram que estava tudo muito escuro e que ao início Margarida nem conseguia encontrar Sara Carreira porque o corpo estava desfigurado e eram muitos destroçoa.

Fernanda Antunes e Tony Carreira abandonam a sala

Os pais de Sara Carreira abandonaram a sala após o procurador fazer questões pormenorizadas a Marco Batista sobre o estado da corpo da filha do casal. Contudo, o mesmo levou reprimenda por parte da juíza.

Paula, outra testemunha, garante que vê destroços, carros parados sem sinalização e que ficou com muito medo. Estava escuro e permaneceu no local até chegarem os meios de auxílio. Quanto ao tempo rematou: “Realmente não estava para brincadeira”

Texto: Maria Constança Castanheira; Fotos: Carlos Mendes e Redes Sociais

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