Sara Carreira
Investigações do acidente podem mudar. Condutor conduzia alcoolizado

Nacional

Oito meses depois da morte de Sara Carreira, o relatório final relativo ao acidente ainda estará nas mãos da GNR e não terá sido entregue ao Ministério Público, como foi avançado há dias.

Qua, 18/08/2021 - 21:00

Oito meses depois da morte de Sara Carreira, o relatório final relativo ao acidente ainda estará nas mãos da GNR e não terá sido entregue ao Ministério Público, como foi avançado há dias. Hernâni Carvalho revela, numa publicação semanal, que foi “pedida uma nova prorrogação do prazo”, que deveria ter terminado na semana passada.

“Ainda não há resultado final sobre a velocidade a que seguiam os carros [envolvidos no acidente, ocorrido a 5 de dezembro do ano passado]. As perícias do Laboratório de Polícia Científica (LPC) feitas às centralinas [dispositivo eletrónico que pode aferir a velocidade e as travagens] dos carros envolvidos foram inconclusivas. A GNR está a ultimar em laboratório as conclusões sobre perícias feitas recentemente na A1”, escreve Hernâni Carvalho na TV Mais, acrescentando que, “por via destes testes do LPC não estarem ainda concluídos”, foi pedido o alargamento do prazo.

Os dados lançados pelo apresentador de “Linha Aberta“, da SIC, contrariam os avançados há dias pelo Correio da Manhã, que adiantou que o carro em que Sara Carreira seguia na noite em que morreu ia a uma velocidade excessiva relativamente às condições da via e da meteorologia, sendo essa a conclusão do relatório da GNR.

Fonte ligada ao processo avança ainda ao jornalista que “é provável” que o carro no qual seguia Sara Carreira, e que era conduzido pelo namorado, o ator Ivo Lucas, rolasse a “uma velocidade entre os 140 e os 160”.

Condutor acusa mais do dobro da taxa de álcool permitida

O acidente que matou Sara Carreira envolveu quatro carros. O Ranger Rover onde seguia a filha de Tony Carreira foi o terceiro a chegar ao troço da A1 onde tudo aconteceu. Já lá estava um primeiro veículo, de um homem até ao momento não identificado, e um segundo (da fadista Cristina Branco). Viria ainda a envolver um quarto.

O condutor do primeiro veículo apresentou uma taxa de alcoolemia de 1,35 g/l, o dobro do permitido por lei e punível com pena de prisão até 1 ano ou com pena de multa até 120 dias. O seu carro estaria parado na via da direita, o que poderá mudar o rumo das investigações, acredita Hernâni Carvalho. “O acidente que provocou a morte de Sara poderia vir a provar-se ter começado numa negligência tida na via direita da autoestrada, por quem não estava na plena posse das suas faculdades para conduzir”, escreve.

Texto: Ana Filipe Silveira; Fotos: Reprodução Instagram

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