Mia Rose
“A RTP reconheceu o meu talento”, afirma MIA ROSE

Famosos

A jovem cantora vai participar em A Voz de Portugal, ao lado de PAULO GONZO e Anjos
Ainda tem uma curta carreira no mundo da música, mas o seu talento e percurso profissional têm-lhe valido ser reconhecida em Portugal e além-fronteiras. Em a A Voz de Portugal, programa que estreia brevemente na RTP e que será apresentado por Catarina Furtado, Mia Rose, de 23 anos, é uma das mentoras e dará conselhos aos concorrentes.

Sex, 09/09/2011 - 23:00

Ainda tem uma curta carreira no mundo da música, mas o seu talento e percurso profissional têm-lhe valido ser reconhecida em Portugal e além-fronteiras. Em a A Voz de Portugal, programa que estreia brevemente na RTP e que será apresentado por Catarina Furtado, Mia Rose, de 23 anos, é uma das mentoras e dará conselhos aos concorrentes. A vida amorosa também lhe corre bem ao lado de José Ferreira, surfista de 20 anos, com quem namora há um ano.
 
VIP – É uma das juradas do programa A Voz de Portugal da RTP. Está entusiasmada com este desafio?
Mia Rose – Nós não somos jurados, somos mentores. Estamos lá para dar uma orientação e um acréscimo ao talento deles para que consigam chegar à final. Está a ser um programa giríssimo e digo que é o programa do ano. É completamente diferente dos formatos de talentos que conhecemos, porque o mais importante é que estamos a dar palco à voz e não ao aspecto físico. Não temos nenhum preconceito. A RTP apostou em mim, acharam que a minha opinião era importante e sinto-me muito honrada. Não estava à espera.
 
Como é estar neste papel de mentora?
Está a ser uma aprendizagem para eles, mas também para mim. Eu estou a representar a nova geração. Usei o YouTube, uma nova plataforma no século XXI em que as pessoas podem ser descobertas e eu fiz isso. Encarreguei-me de ir em busca dos meus sonhos e foi isso que marcou a diferença. Estou lá para dar uma orientação e posso dar a que me deram nos EUA.
 
Como foi essa experiência nos EUA?
Assinei contrato com a Universal Music e quem ganhar este programa irá fazer o mesmo que eu fiz. Daí haver uma ligação muito forte entre mim e o vencedor. Assinei com a editora do Tommy Mottola e todas as conversas que tive com ele podem ser uma ajuda. Escrevi canções com uma das mais conhecidas song writers, a Kara DioGuardi. Portanto, todas as coisas pelas quais eu passei, todas as orientações que me deram, vou usar em benefício da minha equipa.
 
O seu álbum estava previsto ser lançado este ano. O que aconteceu?
É sempre uma grande responsabilidade para um artista lançar o primeiro álbum. É a meu ver o nosso “bebé” e eu quero que seja muito bom porque os meus fãs merecem o melhor. A única razão pela qual ainda não lancei é porque eu vou escrevendo novas músicas que eu acho que são melhores do que aquelas que já tinha. E também vou crescendo como artista e como produtora. Há pouco tempo produzi uma música minha. Saiu agora um novo single, Friends in Love, que eu ajudei a produzir com o Alexandre Manaia. O álbum tem de estar perto de perfeito.
 
Já disse que não queria ser a próxima Rihanna. Que tipo de carreira musical deseja ter? 
A editora da Lady Gaga quis assinar contrato comigo e eu recusei porque o plano que eles queriam fazer comigo não se enquadrava com os meus princípios e valores morais. Sou muito ligada à minha família e eu gosto de ter um equilíbrio, gosto de ser feliz no que faço.
 
Mas gostava de ser conhecida à escala global? Normalmente é esse o desejo de quem é artista.
Em certa medida sou, mas no mundo da Internet. Tenho fãs à volta do mundo inteiro, mas gostava de tocar mais pessoas com a minha música. Não é por causa da fama. O ideal de carreira era ser uma cantora respeitada pelo trabalho, que as minhas músicas tocassem as pessoas de uma forma especial e que gostassem dos meus concertos no mundo inteiro. Gostava de poder conciliar tudo, porque o meu sonho é também ser casada e ter filhos um dia. Neste momento estou 100% focada em encontrar uma editora em Londres.
 
Estava previsto entrar numa série norte-americana. Ainda se vai realizar?
A produtora que fez Family Guy, da Fox, contactou a minha agente a dizer que queriam fazer um pilot de uma série ao estilo de Gossip Girl com Glee e que tinham uma personagem que gostavam que fosse baseada na minha história. Chamava-se Maria e vinha de Portugal, era uma estudante. Eu disse que sim. A produtora disse que quando tivessem autorização para filmar que voltava a falar comigo. Mas é um processo que demora muito tempo e se não for este ano é para o próximo. Eu estou a deixar andar e se acontecer aconteceu, se não acontecer fantástico na mesma. Já terem entrado em contacto comigo é fantástico.
 
Além de cantar e representar também pratica surf desde os 14 anos. Que ligação tem com o mar?
É um sítio onde estou à vontade, posso falar e desabafar.
 
E desabafa com o mar?
Sim, penso alto. É um sítio onde não está ninguém para criticar ou julgar, posso ser eu própria. Se estou num dia muito mau posso ir até ao mar dizer tudo o que me apetecer e quando saio do mar já estou bem.
 
Mas de onde é que vem essa ligação?
O meu nome é Maria Antónia Rosa e as primeiras letras juntas dá MAR. Não sei dizer se vem dos meus antepassados, só sei que quando vou para o mar sinto uma proximidade fora do vulgar.
 
A prática desta modalidade permitiu­lhe conhecer o seu namorado. Alguma vez imaginou que iria encontrar o amor a praticar surf?
Não, acho que quando alguém se apaixona não está a prever que se vai apaixonar. Conheci o Zé [José Ferreira] na praia. É a nossa segunda casa, é onde estamos à vontade e foi uma surpresa muito agradável porque consegui juntar dois amores num só.
 
O José veio preencher algum tipo de vazio que poderia existir na sua vida?
Adorava dizer que sim, logo mesmo romântica. Mas eu sou mesmo filha da minha mãe, que é uma pessoa muito forte e independente e ela passou-me isso. Portanto, eu mesmo não estando com ninguém tenho de me sentir preenchida. Quando não estou com ninguém dedico-me a mim própria. O que é que o Zé preencheu? Não foi um vazio, foi um coração que precisava de carinho, um coração carente que ele preencheu e muito bem. Nunca tive uma relação como a que tenho com o Zé, temos uma cumplicidade espectacular, uma amizade acima de tudo, encontrei um equilíbrio que nunca tinha tido.
 
Referiu que tinha o sonho de casar. Já alguma vez falaram sobre dar esse passo?
Nós temos uma coisa muito boa que é comunicação. Falamos de tudo e eu aprendi isto numa entrevista que li sobre o Will Smith e a Jada Pinkett. Tenho um fascínio por eles e eu aprendo imenso com as entrevistas deles. Eles dizem que acima de tudo é comunicação. Eu e o Zé não falamos concretamente sobre isso, mas às vezes dizemos: “gostava muito de casar-me contigo” ou “gostava que fosses o pai dos meus filhos”, mas na brincadeira. E um dia essa brincadeira há-de tornar-se numa conversa mais séria, mas até agora gostamos de curtir a vida. Vivemos um dia de cada vez, gostamos muito um do outro, apoiamo-nos e isso é o mais importante.
 
Diz-se que as mulheres amadurecem mais cedo e o José é mais novo. Sente algum tipo de diferença?
Isso que está a dizer é verdade, mas eu tive imensa sorte com o Zé. Ele se calhar não era tão maduro no início, mas amadureceu imenso. Ele é muito racional e com os pés assentes na terra. A idade não tem nada a ver e não noto nada disso. Se eu sentisse que ele era imaturo não estaria com ele porque eu preciso de uma pessoa madura ao meu lado. 
 
Texto: Helena Magna Costa; Fotos: Paulo Lopes e Impala

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