Rosa Grilo, acusada de ter matado o marido Luís Grilo, encontra-se detida preventivamente na prisão de Tires.
Apesar de estar presa, situação que partilha com o alegado amante e cúmplice António Joaquim, escreveu uma carta dirigida a Francisco Moita Flores – Antigo inspetor da Polícia Judiciária e atual cronista da TVGuia e comentador na CMTV.
Segundo a arguida, este texto tem em vista esclarecer algumas questões que envolvem o respetivo nome, nomeadamente relativas às palavras escritas pelo antigo inspetor. Neste sentido, Rosa Grilo foca o discurso na ação da Polícia Judiciária durante a detenção, acusando a força policial de ter «falta de bom senso, talvez por falta de humanidade».
«Sou arguida no processo de homicídio do meu marido, Luís Miguel Grilo, e independentemente das considerações que possa ter em relação a este assunto ou sobre mim, gostava de ver esclarecidos, também para conhecimento do público em geral, os métodos utilizados pela Polícia Judiciária», começa por ressaltar a suspeita na carta divulgada pela TVGuia.
Revelando que vai tratar de dois momentos distintos, Rosa Grilo começa por recordar quando as autoridades policiais se dirigiram à casa do casal para a deter e recolher provas.
«Não ofereci qualquer tipo de resistência, como em tantas outras vezes que lá foram»
«Não ofereci qualquer tipo de resistência, como em tantas outras vezes que lá foram (…) Assim que entraram, começaram a falar muito alto, a dizer que eu ia ser detida e usando até alguns insultos. Começaram de imediato a revirar a casa sem qualquer preocupação com o meu filho», revela.
A principal suspeita da morte do triatleta explica que a polícia podia ter esperado 45 minutos para a prender, tendo em conta que era o tempo que o filho de 12 anos demorava a sair de casa para ir para a escola.
«O meu filho podia ter sido poupado aos insultos que ouviu dirigidos a mim, podia não ter visto todos os inspectores a mexer nas nossas coisas, nas coisas dele. No final, o meu filho viu-me a ser detida e eu tive de lhe dizer o que se estava a passar», relembra.
Referindo que não acredita que «seja prática corrente deterem os pais em frente dos filhos», a arguida declara o que de «mais grave» pensa ter ocorrido na ação policial: «Terem interrogado o meu filho durante duas horas sem que eu tivesse autorizado ou estado presente», afirma.
«Quando interrogaram o meu menino eu ainda não estava oficialmente detida, supostamente estaria em diligências».
Rosa Grilo termina o texto resumindo que a sua indignação se centra nos procedimentos da detenção quando havia «menores envolvidos». Esperando uma resposta de Francisco Moita Flores, a detida despede-se cordialmente.
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Fotos: DR
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