Rita Guerra tem um caroço numa mama. A cantora, de 54 anos de idade, surpreendeu Manuel Luís Goucha com esta revelação, durante a entrevista concedida no vespertino da TVI, no momento em que tornou público o momento de maior dor que superou no presente ano: a morte do pai.
Tudo aconteceu quando Manuel Luís Goucha entregou uma fotografia dos pais de Rita Guerra à própria convidada. Assim que viu a imagem, a cantora foi às lágrimas e revelou o que não se sabia. “Desculpa, mas o meu pai faleceu em maio. Ele esteve o último ano de vida dele em minha casa. Era o meu herói”, disse.
Emocionada, a artista falou da importância que os pais tiveram e têm na sua vida. “O meu pai e a minha mãe foram as pessoas mais fantásticas. Este é o exemplo que eu sempre segui e foram eles que me fizeram acreditar que era possível vir a ter um companheiro a sério na vida. Sempre foram muito cúmplices, muito amigos. A minha mãe morreu, com 74 anos, de cancro. O meu pai morreu em maio, com 96, também de cancro”, contou.
Rita Guerra confessa: “É uma doença muito presente na nossa família”
Foi nesse exato momento que Rita Guerra partilhou com Manuel Luís Goucha que, “infelizmente”, esta “é uma doença muito presente na nossa família”. “Eu própria descobri que tenho um caroço numa mama, no dia a seguir ao funeral do meu pai. Felizmente, não é maligno”, revelou.
Rita Guerra disse-se ainda “muito otimista” com o seu caso. “Acredito que vou [superar], tendo detetado a tempo – e muito por insistência da minha querida manager, a Anabela Conceição, que está a padecer desse mal mas que está a lutar e com ótimos resultados. Ela disse-me: ‘Rita, como é que é possível que uma mulher como tu, com 54 anos e três filhos, não vás fazer uma mamografia há dois ou três anos?’. Eu não me sinto com 54 anos. Estou sempre tão ativa e sinto-me tão miúda…”, frisou. A cantora assumiu, contudo, tratar-se de “uma irresponsabilidade” da sua parte. E deixou um conselho: “Meninas e senhoras deste país, não se deixem levar pela boa disposição e achar que estamos sempre bem.”
“Era um ser maior que vai, apesar de já não estar cá, continuar a ensinar-me sempre”
No decorrer da conversa, Rita Guerra voltou a desabar em lágrimas ao falar do “grande homem” que o seu pai fora. “O meu pai tinha uma capacidade enorme de perdoar, que é algo que eu não tenho, confesso. Ou melhor, eu sou capaz de perdoar mas não esqueço. O meu pai perdoava e esquecia”, disse.
“O meu pai foi capaz de perdoar pessoas que não o trataram da melhor forma e que não o consideraram como ele merecia. Isso custou-me muito ver. Por um lado, foi um ensinamento ver que o meu pai era ainda maior do que eu pensava. Pensei: ‘Como é possível, papá?’. Pensei, não lhe disse. ‘Como é possível perdoar uma pessoa que acabou de ser ordinária consigo?’. Eu vi isto a acontecer. Era um ser maior que vai, apesar de já não estar cá, continuar a ensinar-me sempre. Quando, às vezes, sou mais áspera e mais bruta ou mais impulsiva, lembro-me dele”, admitiu ainda.
Texto: Dúlio Silva; Fotos: Reprodução TVI e Instagram
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