Ricardo Araújo Pereira, Carlos Vaz Marques, João Miguel Tavares e Pedro Mexia regressaram à antena da SIC Notícias na noite desta sexta-feira, 3 de setembro, depois do tradicional período de férias de verão.
No entanto, o nome do formato, que se chamava “Governo Sombra” desde 2008, mudou, como já lhe tínhamos revelado, passando agora a chamar-se “Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer”.
“Será que podemos usar os nossos próprios nomes, Ricardo Araújo Pereira?”, começa por perguntar o anfitrião do programa. “Por enquanto acho que sim. Acho que a Global Media [Group – empresa dona da TSF] ainda não registou os nossos nomes. Eu, pelo sim, pelo não – eu receio que registem o das minhas filhas, tenho esse receio -, já lhes chamo a Globaldina 1 e Globaldina 2″, começa por responder o humorista, deixando o restante painel a rir às gargalhadas. “Vamos lá ver. A única coisa que mudou foi o nome. Uma rosa se não se chamasse rosa, cheirava ao mesmo. Este programa cheira ao mesmo”, continua, agora num tom mais sério.
“Eu sou pai do meu avô”
Entretanto, o apresentador do formato “Isto é Gozar com Quem Trabalha“, da SIC, aproveita ainda para comentar o assunto. “O que acho admirável nisto: a Global Media registou o nosso nome e agora pertence-lhe. O ‘Programa Cujo Nome Estamos Legalmente Impedidos de Dizer’ começou em 2008. A Global Media foi criada em 2014. A Global Media é autora de um nome que já existia antes da Global Media [ser criada]. E como se eu disser: ‘Eu sou o pai do meu avô'”, atira.
“Onde o sol não brilha, que é onde a Global Media podia por o nome”
Como se se tratasse de uma estreia, Carlos Vaz Marques voltou a explicar o teor do formato. “Um programa onde vamos brincar aos governos”, diz, sendo interrompido, de imediato, pelo ex-“Gato Fedorento“. “Vamos brincar aos governos, onde não esteja a fazer sol”, brinca, em alusão à palavra sombra, que não pode, assim como os colegas, referir. “Onde o sol não brilha, que é onde a Global Media podia por o nome. Por acaso podia”, finda, deixando novamente os presentes a rir às gargalhadas.
O estúdio do debate mantém-se igual, contando apenas com uma ligeira alteração. A placa que tem o nome “Governo Sombra” escrito, que surge na mesa, encontra-se agora tapado com uma fita amarela, a mesma que é usada em cenas de crime.
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Afinal, o que aconteceu ao nome “Governo Sombra”?
Há pouco tempo, Carlos Vaz Marques recorreu às redes sociais para revelar o que se passou com o nome original do formato. “Vamos ser os quatro cromos de sempre, como desde 2008. Voltamos na próxima sexta-feira, na SIC Notícias e em podcast”, começa por escrever. “Estamos impedidos de continuar a usar a marca que criámos. Por ingenuidade e boa-fé nunca a registámos. A rádio TSF, desde 2014 propriedade do Global Media Group, patenteou-a como sua em 2018 à nossa revelia, soubemo-lo recentemente, e impede-nos agora de continuarmos a usá-la. Que lhes faça bom proveito”, remata.
Uns dias antes, o jornalista já tinha anunciado a sua saída da TSF e acusou a Global Media Group de “bullying profissional”.
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Texto: Ivan Silva e Ana Filipe Silveira; Fotos: redes sociais e divulgação SIC Notícias
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