Manuel Maria Carrilho
“Reitero a minha confiança nos Tribunais”

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Ex-ministro emite comunicado no qual afirma estar de “consciência absolutamente tranquila”

Seg, 26/01/2015 - 0:00

Depois de terem sido publicadas informações que constam no despacho do Ministério Público sobre o caso em que Bárbara Guimarães acusa Manuel Maria Carrilho de violência doméstica, o ex-ministro emitiu um comunicado onde afirma estar de “consciência absolutamente tranquila” a aguardar “com serenidade” a decisão da Justiça. “Lamento ainda o que parece ter sido uma verdadeira campanha orquestrada contra a minha pessoa, visando claramente destruir ou afetar gravemente a minha honorabilidade como ser humano e cidadão de um Estado de Direito democrático, através de ataques de toda a ordem baseados em factos falsos ou relatados de forma distorcida”, afirma. 
 
Leia aqui o comunicado na íntegra: 
 
“Assistiu-se ao longo da última semana a uma torrencial publicação de notícias sobre o caso do meu divórcio e, em concreto, sobre factos que constam da acusação de que fui alvo pelo Ministério Público, na sequência de uma queixa da minha ex-mulher Bárbara Guimarães.
Pela confusão, intencional ou não, que resultou das inúmeras notícias e comentários feitos, em diversos periódicos, cumpre esclarecer que praticamente todos os factos que vieram a lume não são novos, uma vez que constam, como já se sabia, do documento que contém a acusação do MP, o qual data do passado dia 27 de Maio de 2014, ou seja, há oito meses atrás. Esta acusação foi preparada com base nas declarações que foram prestadas por Bárbara Guimarães ao MP, tendo esta entidade considerado que, embora todas por provar, continham indícios do crime de violência doméstica. Todo esse  conteúdo da pronúncia terá, no entanto, ainda de ser submetido a julgamento pelo Tribunal Criminal que, após apreciar as provas apresentadas pelas partes envolvidas, decidirá através de sentença final.
Importa recordar que o mesmo Ministério Público que deduziu acusação contra a minha pessoa, ordenou o arquivamento da queixa-crime por violência doméstica que eu tinha apresentado no final de 2013 contra a minha ex-mulher, tendo esta última decisão vindo a ser revogada pelo Tribunal Criminal em Dezembro último, que pronunciou também Bárbara Guimarães pela prática de crime de violência doméstica contra mim.
Será, por conseguinte, o Tribunal que, no momento próprio, irá decidir estes casos, aguardando eu, com serenidade, a sentença final, com confiança no Direito e na Justiça.
Lamento entretanto o modo como uma grande parte da imprensa se fez eco de factos que, além de serem falsos são escabrosos, tendo provocado danos de toda a ordem às pessoas envolvidas e, sobretudo, aos meus filhos que neste momento muito sofrem com esta situação, anormalmente amplificada pelos jornais e revistas que se ocuparam do tema.
Lamento ainda o que parece ter sido uma verdadeira campanha orquestrada contra a minha pessoa, visando claramente destruir ou afetar gravemente a minha honorabilidade como ser humano e cidadão de um Estado de Direito democrático, através de ataques de toda a ordem baseados em factos falsos ou relatados de forma distorcida.
Percebe-se perfeitamente que o objetivo desta campanha é a de tentar manipular a opinião pública contra mim e a favor da minha ex-mulher, dando como certos ou verificados factos que não foram provados, muitos que nem sequer constam da acusação do MP. E é ainda claro que, com esta estratégia, se procura igualmente, de forma indireta, influenciar os tribunais que irão apreciar e decidir os litígios existentes.
Percebe-se também que toda esta histeria, veiculada através dos meios de comunicação social, resulta do facto de Bárbara Guimarães ter sido recentemente pronunciada pela prática de crime de violência doméstica contra mim, o que mostra, por conseguinte, um certo desespero por quem, na penumbra, gizou todos estes violentos ataques, nunca antes vistos, nestas matérias, na história recente da imprensa portuguesa.
Faço questão de dizer que me encontro de consciência absolutamente tranquila e reitero a minha confiança nos Tribunais porque é a eles que cabe, com isenção, apreciar e decidir os presentes litígios que me opõem à minha ex-mulher, pelo que continuarei a aguardar serenamente o veredicto final.”
 
Foto: Impala 
 

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