O rei Juan Carlos, conhecido pela fama de conquistador, teve um romance com Olghina di Robilant, uma condessa italiana, quando tinha 18 anos. O pai de Felipe de Espanha trocou cartas de amor com a sua amada e estas vieram agora a público.
Conhecido por ser «o rei das infidelidades», devido aos vários casos amorosos que teve, Juan Carlos escreveu mensagens verdadeiramente românticas para a italiana.
«Hoje à noite, na cama, imaginei que estava a beijar-te, mas percebi que não eras tu, mas um simples travesseiro enrugado com um cheiro realmente desagradável», escreve o rei emérito de Espanha para Olghina, durante a sua estadia no navio Juan Sebastián Elcano, como revela a jornalista espanhola, Pilar Eyre.
«Desde que te conheço, descobri o amor. Lembro-me de todos os momentos dos nossos encontros: a tarde no cinema, a praia do Guincho, onde nos abraçámos, as noites passadas a olhar para o céu a contar as estrelas. Não sei quando podemos voltar a ver-nos», declara-se Juan Carlos, numa das cartas publicadas na revista espanhola Interviú há uns anos.
«Assim é a vida. Passamos a vida a sonhar enquanto Deus decide outra coisa», escreve amargurado, por estar longe da mulher amada.
Um desgosto de amor
Olghina já tinha falado sobre a relação com Juan Carlos à imprensa italiana. A condessa admitiu que, na adolescência, os dois viveram um romance e que então príncipe de Espanha chegou a «lutar» contra o pai por ela, mas que a «luta» não teve sucesso e a relação terminou em desgosto, antes que os jovens decidissem avançar com a relação.
«Juanito era um rapaz simpático e carinhoso, mas também um pouco ousado. E eu era uma rebelde, gostava de pessoas como ele, que saíam da norma», confessa Olghina, que guarda uma boa lembrança do namorado da adolescência.
A condessa italiana referiu ainda que a relação não tinha terminado por causa de dramas ou diferenças entre eles, mas sim porque Juan Carlos tinha o serviço militar para cumprir e o pai, João de Bourbon, era muito exigente com o filho. O relacionamento acabou por deteriorar-se e decidiram seguir caminhos diferentes. A distância física entre os dois também contribuiu para a separação.
O facto de não terem terminado a relação «a mal» faz com que hoje ambos se recordem do romance com carinho.
«Eu amo-te mais do que ninguém, mas espero que entendas que tenho que cumprir a minha obrigação. Eu não posso casar contigo, portanto tenho que pensar noutra», escreve entristecido Juanito, que deveria casar-se com uma princesa, neste caso, com Sofia.
Olghina acabou por confessar que as cartas de amor que o rei Juan Carlos lhe escreveu vieram a público porque, por razões económicas, a condessa vendeu-as a colecionadores que acabaram por partilhá-las com a imprensa. Foi uma decisão que a afligiu, mas que se viu obrigada a tomar.
Juan Carlos, de 81 anos, e Sofia, de 80, casaram-se no dia 14 de maio de 1962, mas já se conheciam desde 1954, altura em que fizeram um cruzeiro que reuniu jovens da realeza europeia. No entanto, só em 1961 é que os dois se apaixonaram.
Antes da rainha Sofia aparecer na vida do rei, de se casarem e de terem três filhos – Elena, de 55 anos, Cristina, de 54, e Felipe, de 51 – Juan Carlos vivenciou de forma intensa o primeiro amor com a condessa italiana, Olghina, de 84 anos.
Juan Carlos, tem uma longa lista de conquistas. Sofia sempre soube mas fechou os olhos até há uma década atrás. Quando entrou na casa dos 70, a rainha mudou a sua postura, totalmente antagónica à que tinha até então. Assumiu a continuação do casamento, no papel, mas optou por viver uma vida distante do marido.
Juanito, entretanto, abdicou do trono cedendo-o, por legitimidade, ao filho Felipe VI, e alterou o comportamento: o «rei das infidelidades» deixou de esconder os affairs que teve e veio a público o envolvimento com a decoradora Marta Gáya, de 68 anos, e com Corinna Zu Sayn Wittgenstein, de 55 anos, relacionamento que terminou entretanto.
Texto: Redação Win/Conteúdos Digitais; Fotos: Reuters
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