Ainda não há certezas de nada, mas é possível que o País comece aos poucos a regressar ao normal depois do final do confinamento, previsto para maio e junho. Apesar de ainda não haver regras definidas do Governo para todos os setores, António Costa já se pronunciou sobre a forma como o reorganizamento de alguma atividades económicas deve ser feito: «Temos que contactar as empresas para encontrar melhores formas de organização do tempo de trabalho, trabalhando uns de manhã, outros à tarde, uns uma semana, outros outra semana».
O primeiro-ministro já reuniu também com alguns setores e foram-lhe propostas várias medidas para garantir a segurança de todos os portugueses.
Veja como tudo deverá funcionar:
Comércio
– Primeiro irá reabrir o pequeno comércio. «Junta menos gente, exige menos distância de deslocação e serve melhor a economia local», afirmou António Costa.
– Grandes superfícies abrirão mais tarde
Empresas
– Governo quer empresas a gerir o tempo de trabalho dos funcionários. «Trabalhando uns de manhã e outros à tarde, trabalhando uns uma semana e outros outra semana», já disse o primeiro-ministro.
Administração pública
– Restabelecimento do atendimento presencial
– Nas Lojas do Cidadão e nos Espaços do Cidadão, serão instaladas barreiras em acrílico a separar os utentes dos funcionários
Transportes públicos
– Serão restabelecidos os serviços suspensos
– Aumentar a oferta
– Desinfeção mais frequente
– Horários desencontrados
– Nova organização do trabalho para evitar “horas de ponta”
Creches
– António Costa acredita que alguns estabelecimentos poderão abrir em Maio
Escolas
– Alunos do 11º e 12º anos poderão voltar a ter aulas presenciais a partir de maio, mas ainda não há data anunciada
– Os mais novos deverão manter-se em casa, com as aulas síncronas e telescola
– Se regressarem às aulas, alunos mais velhos terão de usar máscara e cumprir o distanciamento social
Universidades e Politécnicos
– Poderão reabrir a 4 de maio
– Lotação das salas de aulas será diminuída
– Distanciamento obrigatório entre alunos
– Possibilidade de haver aulas noturnas
– Alunos e funcionários terão de andar de máscara
– Serão criados corredores específicos para evitar aglomerações de alunos
– Higienização dos edifícios
Praias
– Limitação do número de pessoas
– Distância mínima obrigatória
– Obrigatoriedade de uso de máscara em cafés e concessionários
Hotéis
– Reabertura faseada (em julho o cenário já deverá estar próximo da normalidade)
– Desinfeção das malas dos clientes
– Selo de garantia de que hotéis cumprem todas as recomendações da Direcção-Geral da Saúde e da Organização Mundial do Turismo – à semelhança do que acontece em Espanha com o selo “Hotel Covid Free”.
– Uso de máscaras e luvas obrigatório
– Oferta de máscaras aos clientes no check-in
Igrejas
– Deverão abrir a partir de maio, com limitação no número de pessoas no interior
– Uso obrigatório de máscaras
– Proibição de todas as manifestações religiosas que impliquem maior aglomeração de pessoas, como procissões
– Casamentos e batizados com número limitado de convidados
Restaurantes
A AHRESP (Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal) reuniu-se esta semana com o Governo e foram propostas algumas regras:
– Poderão reabrir em junho
– Redução da limitação máxima de clientes para metade
– Marcação prévia
– Um metro de distância entre mesas
– Higienização do espaço e do material
– Alargamento do período do almoço e do jantar
– Uso obrigatório de máscaras pelos funcionários
– Clientes obrigados a medir a temperatura e desinfetar as mãos à entrada
– Eliminação das ementas nas mesas. Haverá uma exposta em local visível.
Ginásios
– Um sócio por cada 4 m2 de área para garantir distância de segurança
– Limite de sócios no espaço e nas aulas de grupo
– Cada utente deverá permanecer no espaço por uma hora no máximo
– Proteções de acrílico ou vidro na receção
– Proibição de praticar exercícios a dois
Cabeleireiros e barbeiros
– Marcação prévia
– Limite máximo de clientes
– Uso obrigatório de máscaras
– Clientes e funcionárias proibidos de usar anéis, colares, brincos e pulseiras
– Cliente deverá desinfetar as mãos à entrada
– Possível alargamento de horário
– Higienização e desinfeção do espaço e do material de trabalho
Cinemas e teatros
– Lotação reduzida
– Lugares marcados de duas em duas filas e de três em três cadeiras.
Texto: Patrícia Correia Branco
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