Raquel Tavares explicou – finalmente – a razão por que abandonou o Fado. A atual apresentadora do “Domingão”, da SIC, esteve no programa “Era o que Faltava”, da Rádio Comercial e falou abertamente sobre a decisão que tomou e que, lavada em lágrimas, anunciou no “Programa da Cristina”, em janeiro de 2020.
“Eu gosto de fazer concertos, no entanto a logística que envolve a vida artista, a vida da estrada e a indústria, que pode ser leonina, eu não gostava assim tanto“, começou por dizer, acrescentando que a ideia de abandonar os palcos já existia há dois anos: “No dia em que eu tomei a decisão, vou parar, foi sem dúvidas e, naquele momento, foi sem retorno. Na verdade, o resultado da minha vida profissional foi o que ambicionaram por mim, e eu agradeço, mas não era este o meu propósito“.
Raquel Tavares comparou ainda o seu caso ao de Amy Winehouse, que foi encontrada morta em casa, aos 27 anos, em 2011, depois de vários anos de abuso de álcool e droga. “A Amy, desde que apareceu, tornou-se uma presença assídua na minha vida. Um ano antes de eu ter decidido parar de cantar, eu assistia ao documentário sobre a vida da Amy Winehouse, eu diria, sem excesso, uma vez por semana“.
“Havia coisas ali que eu reconhecia e era assustador perceber que era muito parecido. A Amy Winehouse, o percurso da Amy e o que infelizmente lhe aconteceu foi para mim decisivo. Se havia ocasiões em que eu pensava ‘não, Raquel, não pode ser, tens tantas pessoas que dependem do teu trabalho e esperam tanto de ti’. Depois via o DVD da Amy e pensava: não, que se lixe, desculpem lá. Então e a minha vida? Eu optei por viver, a Amy não. É só isto, em última análise foi isto“, acrescentou ainda Raquel Tavares.
Texto: Patrícia Correia Branco; Fotos: Reprodução redes sociais
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