A rainha Isabel II «nunca teria permitido o casamento» entre Meghan Markle e o príncipe Harry se a duquesa de Sussex «não fosse mestiça». Quem o revela e Lady Colin Campbell, a escritora especialista em realeza e autora da obra Meghan e Harry, A Verdadeira História.
Segundo a escritora, de 70 anos, o facto de a rainha de Inglaterra ter aceitado Meghan Markle na Casa Real britânica passou muito por uma estratégia de mostrar que a realeza é inclusiva.
«[Aceitar a Meghan] tornaria a monarquia representativa, com um reflexo multicultural, de uma forma que uma atriz branca nascida na Califórnia de uma série popular nunca tornaria. Como um príncipe me disse uma vez: ”se a Meghan não fosse mestiça, ela nunca teria permitido o casamento. Foi a coisa mais importante que jogou a seu favor”», dá conta na obra em questão.
A mesma autora revelou recentemente, em entrevista ao Daily Mail, que a duquesa de Sussex tem a ambição de concorrer à Presidência dos Estados Unidos e fez questão de mencionar as ambições políticas que Meghan, que poderá ter influenciado a mudança do casal real para os Estados Unidos.
«Sei que a duquesa de Sussex tem ambições políticas e disseram-me que quer, um dia, concorrer à presidência. Acho que tudo o que ela está a fazer, deixar a família real e voltar para a Califórnia, faz parte do seu plano e levou Harry com ela», começou por dizer à mesma publicação.
Nos últimos tempos, a duquesa de Sussex tem aproveitado para usar a sua voz para alertar para causas sociais. Recentemente, foi possível ver Meghan Markle a manifestar-se contra o racismo e fez referência à morte de George Floyd, o homem negro que foi morto por um agente da polícia em Minneapolis, EUA.
Esta poderá ser uma estratégia adotada pela mulher do príncipe Harry para ganhar o afeto e apoio do povo norte-americano.
«Centenas de milhões de pessoas de cor estavam a torcer pela Meghan»
Recorde-se ainda que Meghan e Harry deixaram os deveres reais em definitivo no dia 31 de março deste ano. Os duques de Sussex decidiram «recuar» como membros seniores da Casa Real britânica e procurar independência financeira, bem como encontrar alguma «paz e tranquilidade», longe da pressão mediática e dos olhares atentos do povo britânico.
A passagem de Meghan Markle pela Casa Real foi curta, mas marcante e bastante polémica. Lady Colin Campbell escreve, na sua obra Meghan e Harry, A Verdadeira História, que a família real britânica recebeu a mãe de Archie, de um ano, «de braços abertos», mas que a duquesa não soube adaptar-se à vida real.
«Não resultou porque não foi o que ela esperava. A Meghan não fez o ajuste que deveria e poderia ter feito. Centenas de milhões de pessoas de cor estavam a torcer pela Meghan, também estava a torcer pela Meghan, sendo jamaicana. Estava emocionalmente investida no sucesso de Meghan», escreve.
Texto: Mafalda Mourão; Fotos: Reuters
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