Já passaram seis anos desde que Mafalda Teixeira, de 30 anos, começou a carreira de atriz em Morangos com Açúcar. Desde então, tem participado em novelas, séries, filmes e fez também teatro. Atualmente, é no Teatro Maria Vitória, em Lisboa, que podemos vê¬ la com a revista Humor com Humor Se Paga. A nível sentimental, o namoro de três anos com Jorge Kapinha continua de pedra e cal. A atriz não ganhou para o susto com a recente agressão que o namorado sofreu durante umas férias na Serra Nevada, em Espanha.
VIP – Estreou¬ se agora no teatro de revista com Humor com Humor Se Paga. Como está a correr a experiência?
Mafalda Teixeira – Está a correr bem. O elenco é muito unido e tem uma energia fantástica, é um elenco jovem. Há muito boa disposição e entreajuda. É um registo muito diferente da televisão, cinema e mesmo do teatro em geral. A energia é a cem por cento e o ritmo é muito rápido, é um registo muito para cima e que nos exige muito. Ao sábado e domingo fazemos dois espetáculos por dia e depois só quero descansar.
Esta é uma área da representação que a põe realmente à prova?
Canto, danço e represento. Mas já tinha feito algo semelhante no High School Musical, em 2008. Dança faço desde criança, o canto não é o meu forte, mas não faço solos, só em coro. Todos os trabalhos são um desafio, estamos sempre a ser postos à prova. Se fosse a primeira vez que estivesse a fazer algo com estas três vertentes associadas, penso que sentiria mais dificuldade, mas não é totalmente inédito.
É uma mulher que gosta de desafios?
Sim, adoro, sejam eles a nível profissional, pessoal, sentimental… Gosto de sentir a adrenalina da aventura, porque testamos os nossos limites e ultrapassamos barreiras. É importante para crescermos. E na carreira de ator também é importante, porque faz¬ nos ter mais experiência a vários níveis. É reconhecendo as nossas barreiras que podemos passar a um outro nível. Superar os nossos receios e não ter medo de arriscar, é isso que nos faz crescer.
Como se definiria?
Acho que sou uma pessoa que gosta de aproveitar a vida a 100%. Sou uma pessoa positiva, vejo sempre o lado positivo das coisas, sou determinada, empenhada, gosto de aprender coisas novas, sou apaixonada pela vida e apegada à família. Gosto de ver os outros felizes: amigos, família, namorado…
A sua base de formação é o design gráfico. Nunca pensou em exercer a tempo inteiro?
De vez em quando, faço alguns trabalhos. Fui convidada para fazer o logótipo de uma marca. Não pretendo largar de todo o design. Foi um curso que tirei a muito custo, pois não é uma área nada fácil e sempre que posso faço trabalhos na área. Acabei o curso há oito anos e é difícil acompanhar a evolução a nível de software, tenho de reaprender e atualizar¬ me. Mas é na representação que estou focada e é isto que eu quero fazer o resto da vida.
Tem feito diversas novelas para a TVI, mas não tem contrato de exclusividade. Preocupa¬ a, atendendo aos tempos de crise?
É sempre vantajoso ter. O ator que tem essa sorte tem a vida mais estável, porque tem uma remuneração mais garantida. Não digo que neste momento de crise seja mais preocupante do que antes. Como nunca tive, não sei. Sou muito empreendedora e corro atrás das coisas, não fico à espera que venham bater¬ me à porta. Luto pelas coisas. Quando acabei os Morangos, estive alguns meses sem trabalho e fui à procura de oportunidades, como arranjar uma agência, que eu não tinha na altura, fazer castings… É essa atitude que tento sempre ter. Se surgisse a possibilidade de ter um contrato era fantástico.
Já passaram seis anos desde que se tornou conhecida do grande público. Sente que a fama mudou¬ a de alguma forma?
Felizmente, orgulho¬ me de dizer que não. Quando iniciei os Morangos falei com as pessoas que me são próximas e pedi¬ lhes para me alertarem se notassem diferenças em mim. Felizmente, nunca foi necessário. A minha mãe deu¬ me uma formação fantástica. Eu e a minha irmã crescemos rápido, a nossa mãe sempre nos deu independência e os meus amigos eram também mais velhos. Comecei também a trabalhar cedo, aos 14 anos. Na altura havia eventos organizados por marcas que precisavam de hospedeiras, por exemplo, para ajudar a receber e sentar os convidados. Aquela mesada dava jeito para ir ao cinema. Isso tudo faz amadurecer.
É difícil manter os pés assentes na terra e não se deixar deslumbrar?
Acho que pode ser muito aliciante o que a fama promove. Passa a ser mais fácil ter acesso a algumas coisas. Há que saber gerir bem e não se deixar levar. Tem de haver um equilíbrio e perceber o que é melhor para nós. O importante é crescer passo a passo. Os saltos muito grandes, por vezes, podem provocar quedas maiores. Acho que a minha carreira tem crescido de forma gradual e tem acontecido tudo no timing certo.
Namora há três anos com o Kapinha, mas ainda não vivem juntos. Porquê?
Estamos bem como estamos. Moramos perto um do outro, a cinco minutos, e passamos muito tempo juntos. Quando quero dormir na casa dele, durmo, quando ele quer ficar na minha casa, também fica. As nossas mães conhecem¬ se e dão¬ se bem, e lidam bem com isso. Damo¬ nos todos muito bem e saímos muitas vezes todos juntos.
E a sua mãe não a incentiva a ir morar com o Kapinha?
Não. Ela está é louca para ter um neto (risos). ‘Mafalda, vá lá!’ E eu digo¬ lhe que ainda não é a altura e que o meu instinto maternal ainda não é para agora. Um dia há de ser, mas sentimos que ainda não é a altura. Se tivéssemos uma estabilidade maior a nível financeiro, poderia contribuir para dar esse passo. É que vivermos na casa da família dá outra estabilidade para já. Nós os dois ainda não falámos nisso de ter filhos ou de irmos morar juntos. Não sentimos que seja o momento certo, é mais a família que pressiona. Claro que quero ser mãe, pelo menos de dois, e tenho a possibilidade de ter gémeos. O meu avô paterno tinha um irmão gémeo.
E casar é algo que gostaria de fazer?
Não faço muita questão. Seria mais para comemorar a união do casal, uma festa. O Kapinha é católico e se ele fizer questão… mas não passa pelos nossos planos. Nós já passámos férias juntos e o ideal de casamento seria numa praia paradisíaca, em que pudéssemos ter a família toda. É mais uma festa para a família.
O Kapinha foi agredido durante as férias na neve. Como é que ele está?
Está a recuperar aos poucos. Levou muitos pontos, pequeninos, mas em maior quantidade. É uma zona sensível [lábios] e não consegue comer bem, só líquidos, e ainda está muito inchado. Tem de ter cuidado até tirar os pontos, alguns deles são por fora e outros por dentro. E agora ele está com receio de como é que vai ficar, pois ele trabalha com a imagem. O indivíduo que lhe fez isto foi de uma cobardia total.
Ele ligou¬ lhe na altura a contar? Ficou muito assustada?
Ele não me ligou, nem à mãe, para não nos deixar preocupadas. No domingo, quando cheguei do teatro de revista, ele já tinha chegado e ligou¬ me, disse que não podia falar muito porque estava magoado. Mandou¬ me as fotos e disse para eu não ficar preocupada, mas quando as vi, fiquei aterrorizada. Queria ir ter com ele, mas ele disse que precisava de descansar, e dormi muito mal de domingo para segunda. Fui logo ter com ele no dia seguinte.
Recentemente, a Mafalda revelou que colocou botox para corrigir algumas rugas. Não foi um pouco cedo, aos 30 anos?
Acho que a Madonna até começou mais cedo (risos). Fiz com o Dr. Biscaia Fraga, que me disse que ia fazer¬ me algo que me ia deixar ainda mais bonita. Foi na altura em que ia estrear a revista e, por curiosidade, aceitei. A pele ficou lisinha, mais jovem, e gostei do resultado. Foi só na testa que colocámos, porque é onde tinha as rugas mais salientes. Não tive medo, porque confio cem por cento nele e sabia que ele ia fazer algo fantástico.
Sente¬ se mais confiante?
Sinto¬ me igual, nem mais nem menos confiante. Foi algo que surgiu e foi uma surpresa. Não mudou nada a minha autoestima e confiança.
Texto: Helena Magna Costa; Produção: Romão Correia; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L’Oréal Professionnel
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