Depois do quarto álbum de originais «Mi Plan», lançado em 2009 e que até lhe valeu um Grammy Latino no ano seguinte, a carreira de Nelly Furtado, de 39 anos, não tem corrido de feição.
Com dois relacionamentos públicos falhados, uma mão cheia de «hits», a luso canadiana está ‘desaparecida’ desde há vários meses.
Desde o festival Fusion, que aconteceu em julho de 2017, que a artista não surge na cena mediática.
E, de um momento para o outro, apagou todas as suas publicações nas redes sociais. O mesmo se passa com namorado novo, Hodgy, um rapper norte-americano de apenas 27 anos.
Nelly Furtado parece não ter superado o fracasso dos dois últimos álbuns «The Spirit Indestructibe» (2012) e «The Ride» (2017).
A queda de uma estrela
Considerada pela crítica, desde o seu primeiro álbum «Whoa, Nelly!» (2000) e do qual saíram êxitos como «I’m Like a Bird» e «Turn Off The Light», como uma das mais «completas e ecléticas cantoras da sua geração», atualmente a luso-descendente não tem qualquer tipo de expressão no panorama musical.
E é de estranhar, na medida em que, por muitos altos e baixos que tivesse tipo ao longo destas últimas duas décadas, a «açoriana» tinha boa aceitação por parte do público em todo o mundo, sendo das poucas celebridades a percorrer os cinco continentes em trabalho. Conquistou, em 2002, o prémio Grammy de melhor cantora pop com «I’m Like a Bird».
Com «Folklore» (2003), álbum dedicado às raízes lusitanas, Nelly Furtado garantiu o hino oficial do Euro 2004, «Força», assim como os sucessos «Powerless» e «Try» para além da colaboração inédita do icónico Caetano Veloso em «Island Of Wonder».
Três anos mais tarde, a filha de António e Manuela Furtado estoirou com as tabelas de música com o urbano «Loose». Deste projeto saíram «hits» que hoje prevalecem nas rádios e dos quais ninguém consegue ficar indiferente ao ouvir as batidas de «Promiscuous» com Timbaland, «Maneater» com Da Weasel, «Say It Right», «All Good Things Come To An End» com Chris Martin e «Do it» com Missy Elliott. Na verdade, todas estas canções mantiveram-na durante semanas a fio nos principais «charts» quase dois anos, reinado «Promiscuous» que esteve 12 semanas em número 1, o que lhe valeu o título de «canção do ano de 2006).
Embora não fizesse parte do alinhamento do seu álbum, «Give It To Me» com Justin Timberlake e Timbaland, gravado na época e colocado no álbum do rapper «Shock Value», e onde Nelly é a figura de destaque, confirmou a seu estado de «estrela à escala mundial».
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Este momento de viragem de paradigma da «portuguesinha» valeu-lhe não só o fim do longo relacionamento com Jasper Gahumia, pai da filha Nevis, de 15 anos, mas também o casamento secreto em Itália com o engenheiro de som Demancio Castellón – enlace que iria acabar oito anos mais tarde.
Dado o sucesso do terceiro álbum, Nelly Furtado garantiu perante os pares respeito, sendo convidada a participar em vários projetos de diferentes origens musicais.
No hip-hop, gravou «Get Your Freak On» com Missy Elliott, «Ching Ching» com Ms Jade, «Friendamine» com Jellestone, «Mama Knows» com Nelly, «Hot and Fun» com The Neptunes; no reggeatón, destacou-se em «No Hay Igual» com Residente Calle 13, «Sexy Movimiento» com Wisin & Yandel e «Rompe» com Daddy Yankee; nos ritmos latinos, cantou com Juanes em «Fotografia», com Ivete Sangalo «Segredo de Deus» e «Where It Begins», e com Tommy Torres «Sin Ti»; na Pop, tocou com James Morisson «Broken Strings» e «Is Anybody Out There» de K’naan; no Jazz e na Ópera, colaborou com Michael Bublé em «Quando, Quando, Quando», com Josh Gorban em «Silêncio» e com Andrea Bocelli em «Corcovado»; por fim, no Alternativo, fez parcerias com Tallisman em «Trés Fly» e com Emmanuel Jal em «Scars» e «Party».
Tal como já referiu no artigo, em 2009, surgiu um álbum totalmente escrito na língua de Cervantes, o «Mi Plan». Devido ao seu reconhecimento junto dos colegas, conseguiu juntar a «a nata» dos cantores latinos. Estreou o álbum com mega sucesso «Manos Al Aire», mas é dentro do álbum que estão as principais faixas que contam com a partição de Josh Gorban, Juan Luis Guerra, La Mala Rodriguez e Julieta Venegas.
Agora e com as contas digitais todas bloqueadas, os seguidores e fãs da cantora canadiana não sabem nada sobre o que se passa na sua vida.
Fotos: Direitos Reservados
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