Catarina Gouveia
“Quando vejo crianças penso em ter filhos”

Famosos

ção, uma escolha que no início não foi do agrado dos pais da atriz, mas à qual estão agora rendidos

Qui, 19/02/2015 - 0:00

Adiou a formação em Psicologia para apostar na carreira de atriz. Os pais não gostaram muito, mas hoje estão rendidos aos trabalhos de Catarina Gouveia, que tem na família o seu grande pilar. A jovem atriz, de 27 anos, revela o desejo de viajar até ao Brasil e o desejo de ser mãe, algo que a acompanha há muito. De resto, Catarina Gouveia afirma que tenta ser sempre a sua melhor versão.
 
VIP – Falta-lhe o mestrado para ter a formação completa em Psicologia. Perdeu-se uma boa psicóloga para se ganhar uma boa atriz?
Catarina Gouveia – Não sei (risos). Teria que exercer e ter alguns anos de experiência para perceber se seria boa ou não. Não sendo psicóloga, gosto de ser boa conselheira e amiga dos meus amigos. Tento orientar as pessoas no melhor caminho, que considero ser o mais adequado.
 
Não exercendo, acaba por adaptar o que foi aprendendo à sua vida…
Exato. As pessoas até brincam comigo dizendo que apesar de não ter concluído a formação sou a sua psicóloga de serviço.
 
Tem amigos que recorram a si já com esse objetivo? Pedem conselhos?
Não considero que seja pela minha formação. E a amizade é isso mesmo, apoiar os amigos quando existe essa necessidade. Quando precisam de conselhos tento estar sempre presente.
 
Os estudos foram adiados devido à sua carreira. Como é que a sua família reagiu?
Inicialmente, quando parei de estudar para me dedicar a esta área não foi algo do agrado dos meus pais. À medida que os anos foram passando e que as oportunidades foram surgindo eles foram aceitando de uma maneira mais positiva. Respeitam e acabei por ter sempre o apoio deles, apesar de a minha mãe me dizer para acabar o curso.
 
O momento em que entra para a universidade coincide com um momento menos feliz da sua família. Foi algo que a marcou?
Todos os momentos menos bons acabam por nos desafiar, fazendo de nós pessoas melhores e acabando por nos levar à procura de outros caminhos. Ainda bem que aconteceu, pois tive uma evolução pessoal. Levou-me a tentar abrir novas portas. A grande mudança foi pessoal e encarei aquelas dificuldades como uma lição. Costumo dizer que os obstáculos na nossa vida são uma aprendizagem que nos leva a uma evolução. 
 
Já elogiou em diversas ocasiões a união da sua família. É algo que vos tem ajudado nos momentos mais complicados?
Somos mesmo muito unidos. A família é o meu grande pilar. Aliás, somos os pilares uns dos outros. É a família e a união que nos caracteriza.
 
Apostar na carreira implicou trocar Santa Maria da Feira por Lisboa. Como foi a adaptação longe da 
família?
Por acaso nesse sentido sempre foi muito confortável. Fui estudar para Coimbra com 17 anos. Essa foi a primeira grande mudança. Quando vim para Lisboa o impacto foi menor por causa da primeira experiência. Por isso, encarei esta mudança de forma harmoniosa e tranquila.
 
Na representação estreou-se nos Morangos com Açúcar. É complicado perder a imagem que se associa aos atores que fizeram parte desta série de sucesso?
Não senti nenhum preconceito, mas também só estive três meses nos Morangos enquanto outros colegas estiveram dois anos. Quando a ligação é grande é difícil desligar da personagem até porque não é comum existirem personagens com uma ligação tão longa. Ou exista uma personagem com grande impacto que acaba por neutralizar a dos Morangos ou é difícil desligar. No meu caso nunca senti que me ligassem automaticamente à série. Aliás, até acontece o contrário com algumas pessoas a perguntarem de onde venho, não se lembrando que entrei nos Morangos.
 
Depois saltou para o prime time. Que balanço faz do seu percurso?
Hoje, sinto-me uma pessoa muito agradecida e muito feliz por todas as oportunidades que me foram concedidas. Sinto que evolui profissionalmente, pois tenho tido a oportunidade de trabalhar com grandes profissionais. 
 
Que opinião tem sobre a crescente aposta na ficção nacional pelos diferentes canais?
Fico muito feliz. Enquanto atriz é muito bom. Só assim é que se consegue evolução. Se não existir concorrência existe a possibilidade de estagnar. É importante que existam três canais a tentar fazer o seu melhor. 
 
Faz parte do elenco de Água de Mar, um projeto da RTP. Como está a correr?
Estou a gostar muito deste que é o meu primeiro projeto fora da TVI. Acho que é importante sair da nossa zona de conforto e entrar numa nova “casa”. Está a correr mesmo muito bem e é um desafio fazer uma professora de representação. Ao início estava insegura.
 
Porquê?
Porque estive algum tempo sem trabalhar e isso levou-me a sentir as inseguranças normais. Acho que todos os atores passam por isto. Mas com o avançar do tempo já me sinto mais segura.
 
Foi estranho o primeiro dia de gravações fora da TVI?
Estava receosa, pois sou envergonhada. Mas soube logo que o programa estava a ser gravado no estúdio onde gravei os Morangos. O segurança da entrada era o mesmo. Comecei a ver caras conhecidas e senti-me em casa. Já me sinto em família, pois o ambiente é mesmo muito bom. 
Nunca escondeu a vontade de ir para fora para apostar na formação. Como está esse desejo?
Neste momento está em stand by. Será quando surgir uma oportunidade melhor e mais propícia. Mas é algo que continua de pé.
 
O Brasil continua a ser a primeira opção?
Sim! Adorava.
 
Por ser um local de excelência no que às telenovelas diz respeito?
Exatamente. Cresci a ver as telenovelas brasileiras que ainda hoje vejo. Não considero que seja uma escola, mas é uma das cadeiras (risos). Gosto de ver telenovelas brasileiras com um bloco de notas onde vou apontando algumas coisas.
 
Leia a entrevista completa na edição número 918 da VIP. 
 
Texto: Bruno Seruca; Fotos: Bruno Peres; Produção: Manuel Medeiro; Maquilhagem e cabelos: Ana Coelho com produtos Maybelline e L´Oréal Professionnel

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