Numa altura em que Harry e Meghan estão a viver um verdadeiro estado de graça, com o pequenino Archie nos braços há cerca de duas semanas, o príncipe William concentra-se em promover a saúde mental, numa sessão dirigida aos homens ingleses.
A verdade é que o marido de Kate Middleton tem estado debruçado sobre um assunto que tanto o afetou, no passado… Segundo o Daily Mail, William colaborou no novo documentário da cadeira televisiva BBC – A Royal Team Talk: Enfrentando a Saúde Mental –, onde abordou os próprios conflitos interiores que sentiu, particularmente, na altura em que perdeu a mãe. De recordar que o duque de Cambridge perdeu a progenitora, que morreu na sequência de um trágico acidente de viação, aos 15 anos de idade.
Mais tarde, o irmão de Harry foi ainda piloto de uma ambulância aérea, o que, segundo o próprio, também constituiu uma experiência difícil. Nesse sentido, William tem muito a contar sobre como deu a volta às questões que o afetaram mentalmente.
William começou por falar de como é «cru e emocional» trabalhar numa ambulância aérea. «Lidamos com famílias que têm as piores notícias que poderiam ter no dia-a-dia … Isso deixa-nos com um sentimento muito deprimente, muito negativo, onde achamos que a morte está do outro lado da porta onde quer que vamos. E isso é um fardo para carregar e sentir…», justificou, dizendo que sentiu necessidade de afastar tais pensamentos, uma vez que considerou que poderia estar embrenhado num problema verdadeiramente sério.
O pai de George, Charlotte e Louis dispôs-se, ainda, a partilhar a dor imensa que foi perder a mãe numa idade tão jovem. «Eu acho que quando estamos de luto numa idade muito jovem – a qualquer hora, mas realmente em particular numa idade jovem –, e eu posso, por experiência própria, afirmar, que sentimos uma dor como nenhuma outra.»
«Sabe-se que na nossa vida, vai ser muito difícil encontrar algo que vai ser uma dor ainda pior do que essa», assegurou o segundo, na linha de sucessão ao trono britânico. A grande missão de William é, por isso, ajudar a diluir as emoções mais difíceis de digerir, de forma a que a saúde mental de cada um permaneça intacta.
A verdade é que os problemas do príncipe William fazem parte da cultura Inglesa. Como, o príncipe acredita que sabe transmitir as ferramentas necessárias para ajudar a aceitar a dor. «Temos de relaxar um pouco e sermos capazes de falar sobre nossas emoções, porque não somos robôs … É preciso haver um ponto de virada em que possamos passar a mensagem para todos os lugares em que não há problema em falar sobre saúde mental. É preciso banalizar-se o tema», concluiu.
Texto: Tânia Cabral; Fotos: Reuters
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