Príncipe André, de 59 anos, concedeu uma entrevista à BBC que foi transmitida no sábado passado, dia 16 de novembro, onde falou sobre o escândalo sexual em que se viu envolvido recentemente.
Jeffrey Epstein foi acusado de abusar sexualmente de raparigas menores de idade nas suas mansões entre os anos de 2002 e 2005 e, no início de agosto deste ano, suicidou-se quando se encontrava em prisão preventiva. O magnata era amigo do príncipe e, desde que rebentou o escândalo, o filho da rainha Isabel II tem sido notícia por alegadamente ter participado em festas do americano.
Virginia Giuffre, atualmente com 35 anos, garantiu em tribunal que teve relações sexuais com o rosto da realeza britânica pelo menos três vezes, entre 2001 e 2002: uma delas em Londres, no Reino Unido, outra em Nova Iorque, nos EUA, e uma terceira na casa de Epstein nas ilhas Virgens. E vai mais longe, dizendo o dia em que terá sido abusada em Londres: 10 de março de 2001.
Ao canal britânico, o irmão do príncipe Carlos desmentiu tal facto, assegurando que nesse dia levou a filha mais velha, a princesa Beatrice, a uma festa numa pizzaria de Wokin, fora da capital de Inglaterra. O ex-marido de Sarah Ferguson revela que se recorda desse dia, apesar de já terem passado mais de 18 anos, uma vez que ir ao Pizza Express «era algo muito incomum». «Não aconteceu. Posso dizer categoricamente que nunca aconteceu. Não me recordo de ter conhecido alguma vez esta senhora», insistiu o príncipe André. Durante a conversa, o duque de York chegou a demorar algum tempo a responder às questões da jornalista Emily Maitlis.
Sobre a amizade com o empresário norte-americano, o filho da rainha Isabel II admitiu que, de facto, ficou cerca de quatro vezes hospedado nas mansões de Jeffrey Epstein nos Estados Unidos da América, mas que nunca suspeitou de comportamentos inapropriados por parte do magnata.
Em relação à fotografia em que surge com a mão na cintura de Giuffre, o príncipe André alega que esta foi alterada, por causa da mão. Para além disso, garante que não se lembra de ter sido tirada e que demonstrações públicas de afeto não fazem parte do seu comportamento.
No fim, o tio dos príncipes William e Harry deixou claro que não se arrepende de ter sido amigo de Epstein, uma vez que aprendeu muito sobre o setor empresarial. No entanto, garante que se arrepende de ter ficado em casa dele depois da primeira condenação do empresário. «Era um lugar conveniente para ficar. Pensei muito e concluí, com a retrospectiva que se pode ter, que foi definitivamente uma decisão errada. Mas, na altura, achei que era uma atitude certa e honrosa», reforçou. Na altura, o príncipe André era enviado especial do comércio.
Texto: Ivan Silva; Fotos: Reuters e DR
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