O príncipe André afastou-se dos deveres reais depois de ver o seu nome associado ao escândalo sexual de Jeffrey Epstein, apesar de se afirmar inocente. No entanto, as polémicas associadas ao seu nome parecem estar longe de terminar.
O magnata Peter Nygard, de 78 anos, outro amigo do filho da rainha Isabel II, foi acusado de atrair 10 mulheres jovens (algumas delas com idades entre os 14 e 15 anos) para uma casa nas Bahamas, com o intuito de as ajudar no mundo da moda, porém, naquela casa eram usadas drogadas e abusadas sexualmente. As violações ocorreram entre os anos 2008 e 2015.
No ano de 2000, o príncipe André e a agora ex-mulher, Sarah Ferguson, estiveram hospedados com as duas filhas, Beatriz a Eugenia, nesta mesma casa, segundo o Daily Mail.
Contrariamente ao que aconteceu com Virgina Giuffre no caso Jefferey Epstein, desta vez o nome do príncipe André, de quase 60 anos, não foi mencionado por nenhuma das vítimas.
O polémico caso do magnata Jeffrey Epstein
Jeffrey Epstein foi acusado de abusar sexualmente de raparigas menores de idade nas suas mansões entre os anos de 2002 e 2005 e, no início de agosto deste ano, suicidou-se quando se encontrava em prisão preventiva. O magnata era amigo do príncipe André e, desde que rebentou o escândalo, o filho da rainha Isabel II tem sido notícia por alegadamente ter participado em festas do americano.
Virginia Giuffre, atualmente com 35 anos, garantiu em tribunal que teve relações sexuais com o rosto da realeza britânica pelo menos três vezes, entre 2001 e 2002: uma delas em Londres, no Reino Unido, outra em Nova Iorque, nos EUA, e uma terceira na casa de Epstein nas ilhas Virgens. E vai mais longe, dizendo o dia em que terá sido abusada em Londres: 10 de março de 2001.
Afastado dos deveres reais após escândalos sexuais
Apesar de afirmar estar inocente, o filho da rainha Isabel II pediu permissão à mãe para se «afastar dos deveres públicos num futuro próximo», no final de 2019, pedido esse que foi aceite.
Através de um comunicado emitido pela casa real britânica, o príncipe André explicou a decisão: «Ficou claro para mim nos últimos dias que as circunstâncias relacionadas com a minha associação a Jeffrey Epstein perturbam o trabalho da minha família, e a valiosa contribuição que dou a organizações e instituições de caridade que tenho o orgulho de apoiar.» Várias empresas já tinham anunciado que tinham deixado de patrocinar as associações apoiadas pelo príncipe.
«Lamento inequivocamente a minha associação a Jefrey Epstein. O seu suicídio deixou muitas perguntas sem resposta, particularmente para as suas vítimas, e simpatizo particularmente com todos os que foram afetados e querem de alguma maneira encerrar o assunto. Só posso esperar que com o tempo possam reconstruir as suas vidas. Estou disposto a colaborar na investigação das autoridades, se for necessário», refere o duque de York, no mesmo comunicado.
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Texto: Joana Dantas Rebelo, Fotos: Reuters e D.R.
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