O Príncipe André decidiu afastar-se dos deveres reais depois de ver o seu nome associado ao escândalo sexual do magnata Jeffrey Epstein, mesmo negando as culpas. No entanto, as polémicas associadas ao seu nome parecem estar longe de terminar.
Um novo golpe abalou recentemente a imagem do filho da Rainha Isabel II, depois de o Daily Mail revelar o conteúdo de alguns e-mails que o podem colocar numa situação delicada. De acordo com o que foi revelado pela publicação, o Duque de York promoveu, durante missões comerciais oficiais, um banco de milionários sediado em Luxemburgo, propriedade de um empresário chamado David Rowland.
Esta situação pode ser interpretada como um claro conflito de interesses, já que o príncipe André permitiu, durante as viagens de negócios, que os Rowlands organizassem reuniões para que pudessem expandir o banco e atrair clientes ricos e poderosos.
O e-mails do filho de David, Jonathan Rowland, revelam que, alegadamente, o irmão do príncipe Carlos possuía uma participação financeira no banco desta família. Banco esse que andava a ajudar a promover. Os e-mails mencionados também mostram que o ex de Sarah Ferguson tinha uma participação de 40% numa empresa sediada nas IlhasVirgens Britânicas chamada Inverness Asset Management.
A imprensa britânica mostra como, em dois episódios diferenciados, o príncipe André forneceu informações privilegiadas à família Rowland. O filho de Isabel II exigiu, supostamente, uma nota informativa particular dos chefes do Tesouro sobre a crise financeira da Islândia e passou-a para os Rowlands.
Acontece que meses antes, os Rowlands haviam comprado parte de um banco islandês, através de um contrato de 86 milhões de libras. O príncipe também levou Jonathan Rowland numa missão comercial oficial à Arábia Saudita, onde conheceram o príncipe Sultão Salman bin Abulaziz al Saud, o segundo filho do atual monarca do país.
Os e-mails revelados revelam, portanto, como o duque de York explorou repetidamente o seu papel como membro da Casa Real e enviado comercial da Grã-Bretanha, financiado pelos contribuintes, para beneficiar secretamente um amigo.
Texto: Inês Marques Fernandes; Fotos: Reuters
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