O sketch Especial de Natal do grupo humorístico brasileiro Porta dos Fundos, protagonizado por Gregório Duvivier e Fábio Porchat, gerou uma grande polémica no Brasil.
«A Primeira Tentação de Cristo», lançado no dia 3 de dezembro de 2019, não caiu bem a alguns grupos religiosos, que criticam a sátira de 46 minutos por nesta Jesus Cristo ser um jovem que terá tido uma experiência homossexual. No sketch é feita ainda referência a Maria e José, como um casal envolvido num triângulo amoroso com Deus.
Perante isto, o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro exigiu esta quarta-feira, 8 de janeiro, que a Porta dos Fundos e a Netflix deixassem de exibir o episódio. A decisão do magistrado Benedicto Abicair surge por ser «mais adequado e benéfico, não só para a comunidade cristã, mas para a sociedade brasileira, maioritariamente cristã» e no sentido de «acalmar os ânimos».
Em Portugal, as reações começaram a surgir e a palavra «censura» é usada como a que melhor descreve esta decisão do tribunal brasileiro, aos olhos de Nuno Markl.
«A isto chama-se censura, juventude. Não era suposto estarmos a falar dela em 2020, a não ser como matéria dos livros de História», escreveu nas redes sociais.
Também Bruno Nogueira reagiu, considerando «perigoso, grave e inacreditável» este episódio.
«E agora, com a gravidade disto, já dá para assumir o cheiro a ditadura que vai no Brasil, ou ainda não chega?», escreveu Diogo Faro num story do Instagram.
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Sede da Porta dos Fundos alvo de atentado
Na véspera de Natal, a sede da Porta dos Fundos, no Rio de Janeiro, foi alvo de um atentado.
A madrugada de 24 de dezembro foi marcada por «atos de violência», como descreve a produtora, que espera que «os responsáveis por este ataque sejam encontrados e punidos». Do ataque não resultaram vítimas.
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Texto: Marisa Simões; Fotos: Reprodução Instagram
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