Polémica Trump EXPULSA jornalista da Casa Branca depois de pergunta sobre amante
Internacional
Uma correspondente da CNN foi impedida de estar numa conferência de imprensa na Casa Branca depois de questionar Donald Trump sobre o pagamento de subornos a ex-coelhinha da Playboy, com quem terá tido um caso.
Qui, 26/07/2018 - 18:19
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Donald Trump e Bill Clinton com Karen McDougal (esquerda) e Melania Trump
É mais um escândalo de proporções épicas que está a abalar os Estados Unidos.
Esta quarta-feira, 25 de julho, a jornalista da CNN, Kaitlan Collins, foi impedida de estar presente numa conferência de imprensa na Casa Branca depois de ter questionado Donald Trump sobre um pagamento ilegal feito à ex-coelhinha da Playboy, Karen Mcdougal.
«Fui impedida de estar nesse evento porque a Casa Branca não gostou das perguntas que fiz ao presidente nessa manhã», explica a jornalista da CNN.
No vídeo, que foi captado durante o encontro de Trump com o presidente da Comissão Europa, Jean-Claude Juncker, é possível ouvir a jornalista a perguntar «Michael Cohen traiu-o?». É possível ver, depois, um segurança a retirar a jornalista da sala.
Esta é uma ação sem precedentes levada a cabo por um presidente norte-americano e está a gerar uma onda de solidariedade entre os jornalistas norte-americanos. A Associação dos Correspondentes da Casa Branca afirmou, em comunicado, que «este tipo de retaliação é inapropriada, errada e fraca».
O caso McDougal
Karen McDougal, ex-modelo da Playboy afirma ter mantido uma relação de um ano com Donald Trump em 2006 (já este estava casado com Melania). As autoridades norte-americanas identificaram a voz da mulher numa gravação revelada pela CNN e pelo New York Times.
Em 2016, durante a corrida à Casa Branca, McDougal considerou ser o momento para vender a sua história e optou por conceder uma entrevista por 150.000 dólares (129 mil euros) ao tabloide National Enquirer (da empresa American Media Inc.) cujo diretor executivo, David J. Pecker, é amigo de Trump.
Este decidiu não publicar qualquer informação e o ex-advogado Michael Cohen facilitou o pagamento deste valor através de uma conta offshore. O caso está a ser investigado pelo FBI e, a provar-se o envolvimento de Trump, o presidente poderá estar em maus lençóis com a justiça.