A ‘novela’ Bruno de Carvalho vs Sporting continua e parece estar longe do fim.
Na terça-feira, 15 de maio, cerca de 50 pessoas, de cara tapada, alegadamente adeptos ‘leoninos’, invadiram a Academia de Alcochete e agrediram vários jogadores, o treinador Jorge Jesus e outros membros da equipa técnica. Rapidamente, o presidente dos leões foi responsabilizado pelo ataque.
«Será um dos primeiros visados nas acções cíveis que vou mover, até pela posição relevante que ocupa na sociedade»
No dia seguinte, Eduardo Ferro Rodrigues, presidente da Assembleia da República, condenou a «situação gravíssima» de violência no treino de futebol do Sporting e apelou a «medidas sérias» da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) e do Governo. Afirmou também que «não pode ficar impune quem deu passos» no sentido da existência de «ódio, fanatismo e corrupção» no desporto, acrescentando que o ocorrido «ofende o país», referindo-se à «perversidade autoritária e totalitária» de dirigentes desportivos e de «alguma comunicação social fanática».
No mesmo dia, Marcelo Rebelo de Sousa disse sentir-se «vexado» com os incidentes e questionado sobre se vai no domingo à final da Taça de Portugal, no Jamor, o Presidente da República respondeu apenas: «Para já não quero dizer mais nada».
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Bruno de Carvalho não gosto de ambas as declarações e, numa nota enviada à Lusa, diz que vai processar Ferro Rodrigues, comentadores e jornalistas por o terem «difamado e caluniado», após os actos de violência em Alcochete.
«Não posso aceitar que a segunda figura do Estado tenha sido mais taxativo e belicista, fazendo-me uma crítica violentíssima, não tendo a mínima noção do cargo que ocupa e da sua condição de sócio do Sporting Clube de Portugal. Será por isso um dos primeiros visados nas acções cíveis que vou mover, até pela posição relevante que ocupa na sociedade», refere o dirigente leonino.
Ferro Rodrigues ignora ‘ameaça’ de Bruno de Carvalho e diz que «não tem nada a dizer» sobre isso.
Em relação a Marcelo, Bruno de Carvalho acusa-o de «não ter sido taxativo» a confirmar a presença no estádio do Jamor, para a final da Taça de Portugal, uma manobra que disse lamentar e lhe permite apenas fazer «duas leituras». Em primeiro, que o chefe de Estado «lhe está a imputar responsabilidades, (…) deixando instalar a dúvida». Em segundo, que Marcelo Rebelo de Sousa está disponível para aceitar que um grupo de marginais ponha em causa a realização de um evento relevante e que se ache no direito de acreditar que influencia as suas decisões», de acordo com o comunicado.
Jogadores pedem demissão de Bruno de Carvalho até 2ª feira
Quanto ao cargo, o presidente do Sporting diz que não se demite. «Neste momento, sinto-me com a mesma capacidade, força, prazer e honra em servir o clube que amo, não vendo qualquer motivo enquanto sportinguista para me afastar de um trabalho e de um rumo que está a ser seguido com sucesso nestes cinco anos», escreve.
Já num posterior comunicado, Bruno de Carvalho pediu desculpas a todos, mas recusa responsabilidades pelo ataque. E finaliza com: «No fim de tudo isto tenho três desejos: que quem cometeu este ato terrorista seja severamente punido; que quem cometeu atos “criminosos” contra mim seja severamente punido; e que o jogo no Jamor seja uma excelente festa de futebol e que o Sporting Clube de Portugal consiga conquistar a sua 17ª Taça de Portugal.»
Segundo o Correio da Manhã, os jogadores pedem a demissão do líder leonino até 2ª feira, 21 de maio. Caso contrário, ameaçam com rescisão de contrato.
Fotos: Reprodução Facebook e Arquivo Impala
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