Pipoca Mais Doce
Sai em defesa de Cristina Ferreira: “As pessoas sentem que podem dizer tudo”

Nacional

Pipoca Mais Doce defendeu Cristina Ferreira no que diz respeito à exigência de uma regulação legal da internet. Saiba tudo!

Sáb, 04/02/2023 - 23:00

Pipoca Mais Doce defende Cristina Ferreira no que diz respeito à ida ao Parlamento, juntamente com Rui Couceiro, editor do livro, Pra Cima de P*ta, para dar o seu testemunho e debater a importância de condenar as mensagens de “ódio e a agressão gratuita na Internet”:”Dia muito importante. Que se faça o debate”, escreveu na publicação que fez no seu Instagram, no dia 2 de fevereiro.

A apresentadora da TVI criou ainda uma petição para ir ao Parlamento discutir o ódio na Internet e reuniu mais de 51 mil assinaturas em pouco tempo.

A Pipoca Mais Doce confessa: “As pessoas sentem que podem dizer tudo”

Pipoca Mais Doce aplaudiu de pé e defende a importância de se discutir o assunto. “Acho que é um assunto que tem mesmo de ser debatido, porque há uma impunidade muito grande.  de expressão, trata-se de tentar que haja algum tipo de regulação e de controlo sobre insultos e ameaças. Nas redes sociais, as pessoas sentem que podem dizer tudo, escudadas pelo facto de estarem atrás de um ecrã, e isso faz com que sejam extremamente ofensivas, hostis e violentas sem que haja qualquer tipo de consequência”, defendeu A Pipoca Mais Doce, em reposta à pergunta: “O que acha de a Cristina Ferreira ter ido ao Parlamento falar de insultos online?”.

Para finalizar, Pipoca Mais Doce acrescentou: “Nem toda a gente tem a mesma capacidade para lidar com isto”, rematou a influenciadora digital.

Cristina Ferreira citou, durante o debate, algumas passagens do seu livro que originaram a petição, pedindo ainda que os ataques de ódio na internet fossem considerados crime: “Há um sentimento de impunidade”, afirmou.

“Em nenhum momento quisemos dizer que há vazio legal, existem crimes de injúria e difamação, mas achamos é que eles não estão a ser aplicados de forma concreta nas redes sociais”. A tipificação de crime podia ajudar porque quando se dá nome a uma coisa ela passa a fazer parte da vida de cada um. A partir do momento em que há o crime difamação na internet, se calhar já há um olhar mais cuidadoso”, disse.

A diretora de Entretenimento e Ficção da TVI fez ainda uma comparação entre a internet e a realidade: ““Se olharmos para muitas das caixas de comentários que hoje em dia estão à nossa disposição de forma livre e aberta, aquele tipo de comentários existe. Se isto acontecesse fora das redes sociais, o que aconteceria? De que forma estas pessoas se poderiam queixar?”, questionou.

Cristina Ferreira deixou ainda uma frase do médico psiquiatra Júlio Machado Vaz. “As redes sociais são apenas um reflexo moderno de algo que sempre existiu nas sociedades”.

Cristina Ferreira apela à criação de uma Entidade Reguladora para as Redes Sociais

Ao longo do debate, Cristina afirmou que devia de ser criada uma Entidade Reguladora para as Redes Sociais: “Devia ser pensada uma Entidade Reguladora das Redes Sociais para que as pessoas tivessem, no mínimo, um local onde se pudessem dirigir caso se sentissem difamadas e injuriadas”, afirmou, pedindo ainda a criação de uma “estrutura onde se distinguisse liberdade de expressão da liberdade de agressão que é feita diariamente”.

“Existe a Entidade Reguladora para a Comunicação Social e que, a meu ver, não tem qualquer atividade sobre as redes sociais nem sobre muitos dos sites que pretendem ser noticiosos e que sabemos que não são e só continuam a comprometer todas as leis do jornalismo a fazer noticias insidiosas”, disse.

A deputada socialista Isabel Moreira reagiu, afirmando que não há vazio legal, ainda que não exista um crime chamado “discurso de ódio e cyberbullying” e referiu que os “crimes de difamação injúria, devassa da vida privada, coação estão previstos no código penal e podem ser participados na Internet”.

Sofia Matos, deputada social democrata, acrescentou ainda que existe a possibilidade de “agilizar processos, ter a possibilidade de fazer denúncias online, não ter de ir à esquadra, mas tal está limitado a determinados crimes, por aí poderíamos fazer qualquer coisa e lançar mecanismos”.

Percorra a galeria acima e veja a passagem de Cristina Ferreira pelo parlamento. 

Texto: Ana Lúcia Sousa e Carolina Marques; Fotos: Redes Sociais

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