Pinto da Costa, uma das figuras mais conhecidas no mundo do futebol, esteve à conversa com Daniel Oliveira, diretor de programas da SIC, no programa ‘Alta Definição’. A entrevista foi transmitida este sábado, dia 20 de abril.
Quando questionado por Daniel Oliveira se pensa muito na morte, o presidente do Futebol Clube do Porto, de 86 anos, respondeu que não e aproveitou para contar um episódio da sua vida privada.
“Eu só penso naquilo que posso alterar. Como eu acredito que o dia está marcado… o meu irmão quando faleceu estava doente e eu em fins de outubro fui visitá-lo (…) eu disse-lhe ‘este ano vou passar o natal contigo’ e ele diz-me assim: “Não, este ano não vais’. E eu: ‘Então não queres que eu vá?’. ‘Não vais porque eu vou morrer até ao dia 15 de dezembro’. Eu fiquei chocado e ele disse-me assim ‘oh, Jorge não fiques chocado, todos nós temos de morrer. E se fores perguntar a qualquer jovem de 18 anos, se quer assinar um contrato a dizer que chega aos 80, não há ninguém que não assine. Nós chegámos e fizemos a vida que quisemos, portanto, não há problema quando chegar a nossa hora, a minha é a 15 de dezembro’” começou por contar.
“Sabe em que dia morreu? Dia 8 de dezembro. A nossa hora está marcada, não há que lutar contra isso. Há é que aproveitar a vida…” acrescentou.
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“Estava convencido que ia morrer”
O presidente do FC Porto recuou no tempo e recordou, também, a altura em foi operado ao coração.
“Eu fui operado ao coração, estava convencido que ia morrer porque eu andava há dois anos a adiar a operação (…) por causa do Porto. Um dia levei os exames ao meu irmão e disse: ‘Oh Zé, tenho aqui um amigo que está na dúvida se deve ou não ser operado ao coração ou não, podes dar a tua opinião? Ele olhou e disse: ‘O teu amigo já devia ter sido autopsiado, essa aorta vai explodir”.
A opinião do irmão fez com que Pinto da Costa realizasse a cirurgia que era (bastante) necessária. “Deixei um anúncio que veio a ser publicado a dizer que fui operado ao coração e correu tudo bem (…) e outro a comunicar a minha morte. Se me safar ponho este, se não me safar está aqui. Encarei com naturalidade… sem medo”, confessou.
A ausência na vida da família
Daniel Oliveira perguntou a Pinto da Costa se o facto de ser presidente de um clube como o FC Porto prejudicou os seus filhos. Ao que o presidente respondeu com a afirmação: “O meu filho prejudicou, porque teve de abdicar de coisas que queria fazer, senão era o filho do presidente“. Já em relação à filha, Jorge Nuno confessou que “sente ciúmes do FC Porto pelo tempo que dedico” porque “acha que devia dedicar a ela e aos netos” e rematou, ainda, que “é o destino”.
Texto: Redação VIP; Fotos: Arquivo Impala e Redes Sociais.
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